Em 2012 confinamento deve alcançar o melhor índice dos últimos sete anos.
Mais de 900 mil animais devem ser confinados no estado.
Confinamento em Mato Grosso ganha espaço.
(Foto: Secom/MT)
A intenção de confinamento em Mato Grosso registrado em 2012 alcançou o melhor índice dos últimos sete anos. Os pecuaristas do estado estão investindo no confinamento como alternativa para manter crescente a oferta de gado. A expectativa é de que 929 mil animais saiam do confinamento para o abate neste ano. Em 2005, não passava de 117 mil cabeças. O crescimento é de quase 700%. Na comparação com o ano anterior, quando 813 mil animais foram criados em confinamento, a alta foi de 14%.(Foto: Secom/MT)
O superintendente da Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat), Luciano Vacari, explica que a crise das pastagens ainda é vigente. Segundo ele, faltam linhas de crédito compatíveis para que o produtor consiga renovar as pastagens que sofrem com a seca desde 2010. O levantamento da intenção de confinamento é realizado pelo Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária de Mato Grosso (Imea).
A região Noroeste do estado teve uma redução de 22% no número de intenções de animais confinados, caindo de 4.750 mil animais para 3.700 mil. "Nesse caso a falta de frigoríficos para abate e as condições das estradas são pontos relevantes para essa queda", comenta Vacari. Na região Oeste o crescimento na intenção de confinar subiu 32%. Em 2011 engordaram nesse sistema 159.905 mil animais e este ano vai chegar a 211.160 mil cabeças. Esse aumento também tem reflexo na seca de pastagem e na maior participação dos frigoríficos em confinar. "A pressão para o pecuarista chega dos dois lados, da natureza e das indústrias frigorificas", disse o superintendente da Acrimat.
Vacari acrescenta que o produtor precisa ponderar muito bem no momento da tomada de decisão. "Se o confinamento é um bom negócio, pesado os custos e a rentabilidade, para não assumir riscos desnecessários". Ele explica que "o confinamento é uma alternativa para engordar o gado para o abate, por isso, esse aumento, e a tendência é crescer ainda mais, mas esse montante não atende a demanda e os frigoríficos ainda continuarão dependendo do gado criado a campo".
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