MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

domingo, 27 de maio de 2012

Mil pacientes são atendidos durante campanha contra glaucoma em MT


Campanha gratuita atendeu aos moradores de Cuiabá e Várzea Grande.
Muitas pessoas aproveitaram para se consultar pela primeira vez na vida.

Do G1 MT

Médicos atenderam pacientes gratuitamente em Cuiabá (Foto: Divulgação/ Assessoria)Médicos atenderam pacientes gratuitamente
em Cuiabá (Foto: Divulgação/ Assessoria)
Aproximadamente 1.1 mil moradores de Cuiabá e Várzea Grande, região metropolitana da capital, receberam atendimento médico gratuito e orientações neste sábado (26) durante a 9ª edição da Campanha de Prevenção ao Glaucoma, doença responsável pela maior causa de cegueira irreversível no mundo. A iniciativa foi realizada no Hospital Universitário Júlio Müller, do Sistema Único de Saúde (SUS), no bairro Alvorada.
Segundo a organização da campanha, os médicos ouviram vários relatos de quem aproveitou a ação para consultar-se pela primeira vez com um oftalmologista, ou de quem queria verificar a saúde dos olhos depois de anos sem submeter-se a um exame médico, e ainda havia aqueles que já doentes buscavam orientações sobre como conseguir tratamento de graça.
A campanha é uma iniciativa que ocorre em nível nacional, no Dia Nacional de Combate ao Glaucoma (26 de maio). Em Mato Grosso, foi coordenada pela Associação Mato-grossense de Oftalmologia (AMO) e mobilizou 45 voluntários (médicos, enfermeiros, técnicos e estudantes) para o atendimento à população. O público recebeu gratuitamente a consulta com o exame de pressão ocular e do nervo ótico, procedimento que diagnostica a incidência ou riscos de ocorrência do glaucoma.

“Além da verificação do glaucoma, este ano também fizemos um cadastro das pessoas diagnosticadas com outros problemas na visão, como catarata e pterígio, pois tentaremos encaixá-las para tratamento com a equipe de médicos e estudantes do Júlio Müller”, explica o presidente da AMO, Maurício Donatti. Ele destaca que o encaminhamento de pacientes foi uma das preocupações nesta edição para tentar ajudar àqueles que não têm Glaucoma, mas apresentam diagnóstico de outras graves doenças dos olhos.
Além do exame médico, a ação ofereceu orientação ao público por meio de palestras e material informativo sobre a doença. Houve casos também de pessoas como o aposentado José Gomes Alcântara, 73, que descobriu o glaucoma há um ano e quis participar da campanha para tentar uma vaga como paciente no Júlio Müller. “Eu trato com colírio, mas quero uma vaga aqui neste hospital para ter um melhor acompanhamento da doença”, disse.
A mesma situação é vivida por dona Maria Rosárea de Oliveira, 58, que alega não ter condições de tratar o glaucoma na rede privada. “Não consigo pagar, então cheguei aqui às 5h para medir a pressão do olho e perguntar como faço para ter o tratamento aqui no hospital”.
A campanha também alcançou pessoas como Nilza Alves da Silva, 56, que tem glaucoma e faz o acompanhamento rotineiro da visão. Ela conta que o pai morreu cego por causa da doença, não tinha sintoma e o diagnóstico foi muito tarde. “Ele não sentia nada, fez cirurgia, mas o que já estava perdido não foi recuperado”. Em função do histórico familiar, ela explica que se compromete com o tratamento e ficou aliviada ao saber hoje, no Júlio Muller, que a pressão dos olhos estava sob controle.
Doença silenciosa
O glaucoma é uma doença silenciosa, que não apresenta sintomas até os estágios mais avançados, podendo a pessoa perder até 60% da visão sem que perceba o problema. Quando ocorre, ela danifica o nervo ótico, diminuindo gradativamente a visão periférica, como se o doente enxergasse por meio de um tubo, que se fecha conforme o avanço da enfermidade.
O principal fator de risco é a pressão dos olhos e o nervo ótico é a parte do olho afetada pela doença. A detecção precoce na população pode prevenir a lesão do nervo e evitar a cegueira. Outros fatores de risco são: idade acima de 40 anos, raça negra, miopia acima de seis graus, diabetes e pacientes com doenças oculares.

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