Presidente Dilma fez 12 vetos e 32 modificações ao novo Código Florestal
Governo enviará MP para suprir vácuos deixados com mudanças ao texto.
Segundo Márcio Astrini, coordenador da Campanha Amazônia do Greenpeace, as informações divulgadas pelo governo são insuficientes. “O governo fez apenas uma alteração de contexto, de escrita no que já veio do Congresso”, afirmou.
“É uma decepção não só nossa, não só dos ambientalistas, mas também de toda a população brasileira. Primeiro, por a Dilma não ter vetado na integralidade o texto e segundo porque divulgou que haverá vetos, mas não divulgou qual a extensão desses vetos e qual será a nova lei”, afirmou o ambientalista.
Para Astrini, “as mudanças ainda não são satisfatórias“. “Hoje o Brasil dorme sem saber qual é o texto do Código Florestal que vai ser alterado pela caneta da Dilma”, declarou. Segundo o ministro da AGU, Luís Inácio Adams, o detalhamento dos vetos e das modificações só serão conhecidos na segunda-feira (28), por meio do Diário Oficial da União.
Para suprir os vácuos jurídicos deixados com os vetos, a presidente Dilma Rousseff vai assinar uma medida provisória que também será publicada na segunda-feira, informou o ministro.
PSOL
Em nota, o deputado federal Ivan Valente (PSOL-SP), da Frente Ambientalista na Câmara, criticou a "falta de transparência" em relação às mudanças feitas no texto e manifestou "extrema preocupação" com o texto.
“De toda forma, pelo pouco divulgado, é possível afirmar que o retrocesso em termos de preservação ambiental foi mantido. A Presidência vetou poucos artigos e manteve no texto uma série de mudanças que reduzem a proteção ambiental e anistiam aqueles que derrubaram florestas ilegalmente”, disse Ivan Valente.
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