MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

quinta-feira, 24 de maio de 2012

No CE, cultivo do camarão divide produtores e ambientalistas


Criadores de camarão do Nordeste aguardam definição do Código Florestal.
Vários projetos de ampliação de viveiros estão parados à espera da nova lei.

Do Globo Rural
Quase todo o camarão consumido no Brasil é de cativeiro. Mais de 90% da produção sai do Nordeste, principalmente dos estados do Ceará e do Rio Grande do Norte.
São 80 mil toneladas por ano, quantidade que os criadores querem aumentar para atender a crescente demanda pelo produto no mercado brasileiro.
A expansão visa áreas perto de manguezais, entre o mangue e o mar, muito comuns na faixa de litoral que vai do Ceará ao Rio Grande do Norte. Uma das principais características do solo é a alta salinidade.
Para os criadores de camarão, as áreas não servem para nada, a não ser para criar camarão e extrair sal, mas para os ambientalistas a preservação é fundamental para manter o equilíbrio ecológico do ecossistema de manguezais.
Foi o que concluiu um estudo do pesquisador Geovah Meireles, da Universidade Federal do Ceará, feito em 245 fazendas de camarão do Ceará entre 2004 e 2005.
Os criadores se defendem e a disputa chegou ao Congresso Nacional. O Senado incluiu no novo Código Florestal uma regra que torna as áreas como preservação ambiental, limitando a expansão das fazendas de camarão, mas pressionado pelo setor e pelos produtores de sal, a Câmara dos Deputados derrubou a norma do texto final, enviado para o Executivo.
A possibilidade do veto da presidente fez muitos criadores suspenderem os investimentos.
A presidente Dilma deve aprovar ou vetar o texto do novo Código Florestal até sexta-feira (25).

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