MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

quinta-feira, 24 de maio de 2012

Pacientes vivem drama para garantir remédios não fornecidos pelo SUS


Para vencer o câncer, Anthony Alves garantiu medicação através da Justiça.
Geysa Bastos não perde as esperanças enquanto aguarda o tratamento.

Do G1 MG

Pacientes de Belo Horizonte que precisam de medicamentos não fornecidos pela rede pública enfrentam dois dramas. Além do sofrimento com a doença, eles também têm que vencer uma batalha para conseguir o tratamento. Muitas vezes, são remédios caros e fundamentais para a recuperação ou para salvar a vida da pessoa.
O motorista Cláudio Pereira tem asma grave e precisa de medicamentos que não são fornecidos pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Sem condições de pagar R$ 7 mil por mês pela medicação, ele recorreu a vários órgãos de saúde. Somente 45 dias depois, conseguiu na Justiça o direito aos remédios.
Já o empresário Anthony Cristian Alves só teve acesso ao tratamento para um câncer no cérebro depois de uma decisão judicial. A família teria de pagar aproximadamente R$ 20 mil por mês pelos comprimidos. ”Quem tem a doença sabe o quanto psicologicamente já é abalado. Você já está fragilizado com a situação e ainda precisa brigar pelo remédio”, lamenta.
A aposentada Geysa Pereira Bastos está internada em Belo Horizonte há um mês por causa de uma leucemia. No início do ano, a medicação foi alterada pelos médicos, e os novos remédios custam R$ 18 mil por mês. Em fevereiro, o advogado dela entrou com um pedido na Justiça para conseguir o medicamento. Em março, o juiz determinou o fornecimento do produto, mas, até hoje a decisão não foi cumprida.
Internada em um leito de hospital, a paciente não perde a esperança. “A coisa que eu mais quero na vida é receber esse remédio para eu sarar e ter mais um pouco de tempo de vida”, afirma emocionada.
Segundo o Ministério sa Saúde, no caso do tratamento de câncer, o hospital credenciado deve fornecer os remédios indicados pelo médico, e o Sistema Único de Saúde reembolsa a instituição posteriormente. Sobre a situação de Geysa Bastos, o ministério informou que será depositado nesta semana, em caráter emergencial, o valor referente a um mês de tratamento. A partir de junho, o hospital vai receber a quantia suficiente para garantir oito meses de medicação.

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