MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

terça-feira, 8 de maio de 2012

Pais fazem queixa à polícia da espera de filhos em hospital particular no CE


Houve superlotação em hospitais públicos e particulares no fim de semana.
Ações foram realizadas, dizem direções. Dengue aumentou demanda.

Do G1 CE, com informações da TV Verdes Mares
A superlotação em hospitais infantis em Fortaleza foi problema neste fim de semana não apenas na rede pública. No Hospital da Unimed, um dos credenciados para receber crianças, os pais protestaram pela demora. A situação dentro do hospital particular chegou a ser denunciada na delegacia. Depois da espera, eles foram ao 2º Distrito Policial prestar queixa.
“Isso é um resguardo da gente porque é um absurdo você pagar um plano de saúde para ter uma melhor qualidade de vida e não tem. você vai para o hospital e fica lá. minha filha tem três anos, está com 40 graus de febre e ninguém medica... É um absurdo”, afirmou o universitário Demóstenes Avelino.
A direção do plano de saúde disse que o que aconteceu no fim de semana foi um problema pontual e fora da normalidade. “Tem uma escala de cinco médicos. Um médico adoeceu e nós tivemos, em um período de final de semana, que procurar um médico para repor. O que foi feito no período da tarde. À noite, já foi regularizado o atendimento”, disse o diretor de recursos próprios da Unimed Fortaleza, Paulo Vasques.
A direção admite que as emergências que atendem pelo plano de saúde estão mais lotadas. O número de atendimentos dobrou e o motivo é a dengue, alega. Só o centro pediátrico confirmou 200 casos no mês de abril.
De acordo com Paulo Vasques, a partir de março, além dos casos de virose, os tipos que são esperados no momento, houve aumento do número de dengue. “Com isso, o aumento do fluxo dos pacientes nas nossas emergências. Em cima desse quadro, nós já iniciamos há um mês o processo paulatino de aumento de médico, de coletadores, de auxiliares de enfermagem”. As medidas, afirma, estão sendo tomadas em todos os pontos de atendimento em Fortaleza.

Na rede pública, mais reclamações

O hospital Albert Sabin, mantido pelo estado, só atende a crianças. A espera na emergência parecia mais prova de resistência. Com febre e vomitando, o filho da dona de casa, Socorro Barbosa já estava há mais de seis horas na sala de espera sem nenhum atendimento. “Ele estava com muita febre, deu 41 graus de febre, depois baixou para 39, depois para 38 (graus). Eu mesma dei o medicamento e passou. Agora está voltando a febre”, relatou.
Segundo o hospital, o número de atendimentos triplicou no último mês. Três médicos precisam
dar conta de uma demanda de mais de 300 crianças por dia. As reclamações também aumentaram. “Ela disse que aguarde. Chamam as prioridades e ficam os outros sem ser atendidos”, reclamou a comerciante Eliane Sampaio.
A diretora técnica do hospital infantil Albert Sabin, Marfisa Portela diz que algumas medidas emergenciais estão sendo tomadas. “A gente tem o acolhimento da enfermagem. Ela classifica o paciente. Vê qual é o paciente prioritário. E na emergência, a gente já está tendo o cuidado de ficar uma enfermeira lá fora oferecendo soro para esses pacientes que têm suspeita de dengue, baixando a temperatura dessas crianças enquanto espera atendimento”, explicou. De acordo com a diretora, há o reforço de mais um médico na emergência e um médico na observação dos pacientes.
Dengue
A superlotação nas emergências pediátricas não é realidade apenas na rede pública de saúde. Os hospitais particulares também sentem o aumento dos casos de dengue. No centro pediátrico de um dos maiores planos particulares de saúde de Fortaleza, o número de atendimentos cresceu cerca de 70%, de acordo com o hospital, o que fez a emergência do centro pediátrico se transformar num caos no fim de semana.
O lugar estava lotado e a espera era comparada a de hospitais públicos. No hospital da Unimed, pais revoltados com filhos doentes. “A gente paga caro por um atendimento e o atendimento é totalmente irregular. Desde oito horas da manhã e agora são 14h15 e a gente não foi atendido ainda. Não tinha médico. Precisamos invadir para buscar o único médico que tinha e que estava saindo, para ele retornar”, criticou o gerente comercial Carlos Adolfo.
A cabeleireira Maria Aparecida Bezerra disse que estava há cinco horas na espera e que os funcionários só pedem para ela ter calma. “ Só tem um médico atendendo esse monte de criança. Muitos pais desistiram e minha filha está aqui, sem beber água, sem comer desde ontem à noite, desidratada. E não pode beber água, porque eles disseram que não é para beber para não ter perigo de vomitar”, afirmou.
SUS
O corretor de imóveis Raimundo Carlos Alencar comparou o plano de saúde ao Sistema Único de Saúde. “A única diferença é que temos cadeira para sentar e ficar esperando o atendimento. Mas não tem mais diferença. Está muito precário”, criticou.

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