MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

domingo, 6 de maio de 2012

Pesquisa avalia potencial do cupuaçu para produção de biodiesel, no AM


Estudo tenta transformar semente e outras partes do fruto em biodiesel.
Mais de R$ 280 mil foram investidos para a realização da pesquisa.

Do G1 AM

A doutora em Química, Ivoneide de Carvalho Lopes Barros está desenvolvendo estudos sobre o aproveitamento do resíduo da gordura de cupuaçu para produção de biodiesel. A pesquisa é realizada há um ano e é fruto da busca por novas matérias-primas para a geração de biocombustíveis a partir de produtos e subprodutos amazônicos.
A proposta do trabalho, segundo a pesquisadora, é estudar o aproveitamento do resíduo resultante do beneficiamento da semente de cupuaçu para produção de biodiesel, evitando o desperdício deste insumo e permitindo uma exploração mais eficiente da cadeia produtiva do cupuaçu.
Ao todo, R$ 281 mil foram investidos no estudo através do Programa de Apoio à Pesquisa em Biocombustíveis no Amazonas (Biocom), financiado pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (Fapeam) e Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).
A pesquisa teve início a partir da demanda de uma empresa privada, no município de Careiro Castanho, a 88 km de Manaus, que já utiliza o cupuaçu na produção de um achocolatado, feito da semente do fruto.
De acordo com a pesquisadora, a motivação para o desenvolvimento do projeto veio da preocupação com o total aproveitamento do cupuaçu e a preservação do meio ambiente, a partir a uma solução para o destino final do resíduo da extração da gordura da semente de cupuaçu gerado na empresa.
“Nosso maior desafio foi desenvolver um projeto para avaliar o potencial de aplicação do resíduo gorduroso da industrialização do cupuaçu como matéria-prima para obtenção de biodiesel”, disse a Dra. Ivoneide.
Apelo ambiental
O projeto tem um forte apelo ambiental, pois os resíduos gordurosos, atualmente, são estocados em um tanque de concreto aberto, podendo entrar em contato com o solo. “A partir das nossas análises, detectamos que o produto gorduroso contém alto teor de ácidos graxos, o que é fundamental para a nossa pesquisa, mas que pode vir a gerar problemas sanitários e ambientais se não for dada uma destinação correta”, advertiu.

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