MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

quinta-feira, 17 de maio de 2012

Pesquisadores do CE testam método para diagnóstico de câncer de mama


Pesquisa faz diagnóstico precoce com custo menor.
Derivado do sangue pode identificar glândula comprometida.

Do G1 CE

Pesquisadores cearenses testam um método que pode fazer o diagnóstico do câncer de mama mais cedo, segundo anunciaram nesta quarta-feira (16). Além de mais barato, a novidade pode aumentar as chances de cura.
A luta da costureira Ana Lúcia contra o câncer já vai completar um ano. Como muitas mulheres, quando ela se deu conta do caroço do seio, o tumor já estava bem avançado. “Eu tive de fazer a quimioterapia imediatamente. Disseram que eu tinha de correr contra o tempo e foi o que eu fiz”, afirmou.
Para descobrir que o câncer na mama havia se alastrado, a costureira precisou fazer um outro exame, em que é possível saber se os gânglios da axila foram ou não atingidas pelo câncer. Para isso é preciso chegar ao gânglio principal, conhecido como linfonodo sentinela, primeira estrutura atingida pelo câncer. Ele pode ser qualquer uma das dezenas de gânglios. Para marcá-lo os médicos injetam uma substância no seio.
“Para identificar o linfonodo sentinela a comunidade científica do mundo todo usa dois sistemas: um com substância radioativa, que é o tecnécio ou uma substância com corantes. Dos corantes, o mais usado é o azul patente”, explicou o médico oncologista e pesquisador da Universidade Federal do Ceará (UFC), Luís Porto.
De acordo com ele, o tecnécio custa entre R$ 600 e R$ 800. Já o azul patente, acrescenta, embora em um número pequeno de casos, pode dar reações severas, às vezes até mortal. O especialista, junto com outros pesquisadores da Universidade Federal do Ceará, descobriram um método que deve tornar em breve o procedimento mais barato e seguro.
“A partir de um achado ocasional, em uma das nossas pacientes, nós observamos que um derivado do sangue pode marcar esse linfonodo. Então nós fizemos experimentos em cães, hemolizando o sangue e aplicado debaixo da papila, aquela substância ia tornar o lifonodo uma cor acastanhada, quase negra, que permitiu identificar tão bem quanto o azul patente”, explicou Luís Porto.
A experiência foi feita em 40 animais e a partir daí, foi feito um projeto para aplicar em seres humanos. “Já utilizamos em oito pacientes com resultados muito bons”.
Além do custo ser inferior, a nova substância vai evitar que os pacientes tenham reações. Para que a pesquisa evolua e torne-se um procedimento da rotina médica é necessário que pelo menos outros 25 casos testados sejam confirmados. A estimativa dos pesquisadores da universidade é que até o final do ano o estudo seja concluído.

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