Mais de 20 mil famílias vivem do cultivo no campo em Feira de Santana.
227 municípios do estado estão em situação de emergência.
De acordo com a estação climatológica, não chove forte há oito meses em Feira de Santana. Os oito distritos do município estão em estado de emergência desde o ano passado. Aguadas e açudes estão praticamente secos e o gado de pequenas criações tenta sobreviver à falta de comida.
Com a estiagem prolongada, plantações de milho, feijão e mandioca não vingaram. Na zona rural do município, mais de 20 mil famílias vivem exclusivamente do que cultivam no campo. Com a perda da produção, muitos agricultores estão sem condições de quitar empréstimos bancários feitos para investir nas propriedades.
Segundo o Sindicato dos Trabalhadores Rurais, mais de 200 agricultores familiares estão nessa situação e tentarão renegociar as dívidas. Os pecuaristas do município vivem o mesmo drama. Muitos produtores endividados também não estão conseguindo acertar as contas com o banco.
Ó Banco do Nordeste ainda tem um levantamento de quanto os agricultores e produtores rurais que fizeram o financiamento estão inadimplentes em Feira de Santana, mas eles poderão ser beneficiados com uma nova lei que autoriza a renegociação de dívidas de pequenos e médios agricultores em todo Nordeste.
Segundo o superintendente do Banco do Nordeste, a nova lei também prorroga o prazo para a quitação dos débitos até março de 2013. “Nós temos dois dispositivos. Um deles é renegociar as dívidas decorrentes de custeio e investimento. A outra situação é que quando estiver resolvido o passivo em termos de exigibilidade no que vai vencer este ano, dá um crédito novo”, diz Nilo Meira.
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