Cerca de 350 pessoas improvisaram acampamento em 4 andares do prédio.
Manifestantes pedem assentamento de 490 famílias despejadas de fazenda.
Trabalhares rurais montam acampamento no prédio do Incra DF (Foto: Káthia Mello/G1)
Os trabalhadores, que ocuparam o prédio por volta das 16h, acamparam nos corredores e tomaram conta da portaria principal. De acordo com os seguranças do Incra, eles estão com a chave do portão do prédio. “Eles chegaram a pé e em dois ônibus. Foi meio de surpresa. Os funcionários foram descendo mas não houve violência”, contou um dos seguranças do plantão.Cerca 350 famílias estão espalhadas pelos quatro andares do prédio. Mulheres e crianças se acomodaram em colchonetes para passar a noite no prédio.
Família com criança ocupa espaço improvisado no prédio (Foto: Káthia Mello/G1)
Uma cozinha improvisada foi montada no térreo. Elas levaram galões de água, panelas e legumes para o preparo de uma sopa.Os trabalhadores rurais dizem que só vão deixar o local com uma solução para o problema. “As famílias que estão aqui são famílias estão vivendo na beira da estrada. Há um mês nós ocupamos a Secretaria de Agricultura e conseguimos um acordo com o governo do Distrito Federal e o Incra, mas eles não cumpriram. Nós queremos um lugar para a gente, nem que seja provisório”, diz o coordenador do movimento, Ariolino Ferreira Costa.
Trabalhadores controlavam portão de entrada do
Incra/DF nesta terça-feira (8) (Foto: Káthia Mello/G1)
De acordo com ele, na época a Secretaria de Agricultura e o Incra se comprometeram em encontrar um local para que eles se instalassem até o assentamento definitivo.Incra/DF nesta terça-feira (8) (Foto: Káthia Mello/G1)
O Incra informou que só vai se manifestar quando receber a pauta de reivindicações dos trabalhadores rurais.
Índios
Nesta segunda, um grupo de índios do Acre ocupou o prédio da Fundação Nacional do Índio (Funai) para pedir uma audiência com a direção do órgão. Nesta tarde, a ocupação continuava.
Na quinta-feira passada, outra tentativa de invasão de prédio público terminou em confronto entre um grupo de sem-teto e a polícia no Palácio do Buriti, sede do governo do DF. Eles protestavam contra decisão judicial que os obrigava a deixar uma área em Ceilândia onde vivem cerca de mil famílias.
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