'Respeitamos a decisão da presidenta, mas estamos preocupados', disse.
Cerca de 90 mil produtores rurais poderão ser afetados pela decisão.
Muni Lourenço criticou ainda o veto em relação a recuperação de matas em Áreas de Preservação Permanente (APPs), locais vulneráveis, como beira de rios, topo de morros e encostas. Segundo ele, no Amazonas 90 mil produtores rurais estão em áreas desse tipo há gerações. "90% deles são formados por pequenos produtores e agora eles não terão possibilidade de regularizar a situação ambientalmente", disse.
Ainda de acordo com Lourenço, a proporção das consequências do veto da presidente ainda será analisada pela Faea. "Estamos avaliando esse veto, fazendo estudos e análise para poder dimensionar o que isso poderá representar para a produção no Amazonas", comentou.
Atualmente, a área total do distrito agropecuário do Amazonas é equivalente a 589.334 hectares. 60% desta está situada no município do Rio Preto da Eva, e outros 40% estão em Manaus.
Na proposta anterior, os imóveis rurais de até quatro módulos fiscais - 400 hectares, na maioria das regiões do Amazonas - ficariam desobrigados de recompor regiões desmatadas em Reserva Legal até julho de 2008. Na prática, essa desobrigação dispensaria a maioria das propriedades rurais do país e do Amazonas, já que mais de 90% dos imóveis rurais possuem até quatro módulos fiscais.
Nesa sexta-feira, a presidente fez 12 vetos, 32 modificações, das quais 14 recuperam o texto do Senado Federal, cinco respondem a dispositivos novos incluídos e 13 são adequações ao conteúdo do projeto de lei. Uma medida provisória deverá ser publicada em conjunto com a publicação dos vetos na segunda-feira.
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