Em um assentamento de Terenos, eles estão deixando de entregar o leite.
Estradas e a falta de resfriadores na região prejudicam a atividade.
Tudo o que a família produz agora é para consumo próprio e Laucídio conta que não está entregando o leite por duas condições: a primeira é que o resfriador da região mudou de local e está muito longe e a segunda são as estradas.
A família de Francisco de Assis enfrenta as mesmas dificuldades. Recentemente, o produtor investiu no financiamento de uma ordenhadeira mecânica para aumentar a produção, mas mesmo assim não está entregando o leite para o laticínio.
Percorrendo as estradas do assentamento, é possível perceber as dificuldades para escoar a produção. O criador Sebastião Sandin é uma prova disso. Para não interromper a entrega do leite no ponto de coleta, ele recorreu ao carrinho-de-mão, que carrega por seis quilômetros, somando ida e volta.
Os problemas no campo já atingem a indústria. Um laticínio, em Campo Grande, processa hoje 35 mil litros por dia, bem menos que a capacidade.
“Hoje nós trabalhamos com uma ocupação de 35% e uma ociosidade de 65%. Se tivéssemos mais leite com certeza a empresa teria um desempenho muito melhor e o produtor também”, explica Edgar Pereira, dono do laticínio.
A prefeitura de Terenos informa que a principal via que corta o assentamento Santa Mônica já foi recuperada e que, este mês, as máquinas vão trabalhar nas estradas secundárias. Dez novos resfriadores foram comprados para facilitar a entrega do leite na região.
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