MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

terça-feira, 12 de junho de 2012

Crianças com deficiência desfilam fora do DF pela primeira vez


Grupo de cadeirantes, Down e autismo vai abrir evento de turismo no Paraná.
Eles integram projeto 'Fashion Inclusivo', que nasceu em Sobradinho em 2010.

Do G1 DF

Com roupas de outono e inverno, 15 crianças e adolescentes embarcam nesta terça-feira (12) para desfilar pela primeira vez fora do Distrito Federal. O grupo, formado por meninos e meninas cadeirantes, com Síndrome de Down ou autismo, faz parte de um projeto que nasceu em 2010 em uma escola de ensino especial de Sobradinho e que busca integrar pessoas com deficiência à sociedade.
Crianças com deficiência desfilam pelo projeto Fashion Inclusivo (Foto: Sérgio Camargo)Crianças com deficiência desfilam pelo projeto Fashion Inclusivo (Foto: Sérgio Camargo)
Idealizadora do projeto, a professora Angela Ferreira da Silva, de 48 anos, se diz realizada com o convite para abrir um evento de turismo no Paraná. “É um evento de adultos, de gente grande, onde crianças vão estar na abertura. A gente está com o sonho de que outras pessoas de outros locais vejam a gente e convidem essas crianças para estarem em outros locais. A maioria delas, uns 80%, nunca entrou em um avião”, conta.
De acordo com Angela, a viagem foi possibilitada pela ajuda de “padrinhos”, que doaram as passagens. As crianças também participaram de outro desfile na pediatria do Hospital Regional de Sobradinho e receberam ajuda dos médicos e dos pais dos internados para custear alimentação e hospedagem.
O projeto, que atualmente tem mais de 50 crianças e adolescentes, tem integrantes de Sobradinho, Park Way, Gama e Samambaia. A professora informou que as reuniões com todo o grupo acontecem uma vez por mês, em uma igreja de Sobradinho. O "Fashion Inclusivo" tem agenda de desfiles até dezembro. Os modelos são escolhidos de acordo com o perfil do evento.
"O projeto na minha vida, de uma professora quase em fim de carreira, é uma realização. É provar o que sempre falei desde que entrei no ensino especial: essas crianças têm potencial. Eu quero aposentar mostrando isso: independente de ter uma perna, ser surdo ou autista, elas têm possibilidade. Basta ter paciência e amor para descobrir", afirmou Angela.

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