Para Muhammad Yunus, fazer dinheiro precisa ser um meio e nã
Para ele, negócios sociais são 'força para resolver os problemas globais'.
O bengalês Muhammad Yunus participou
do Rio+Social (Foto: Darlan Alvarenga/G1)
O bengalês Muhammad Yunus, conhecido como ‘banqueiro dos pobres’ e Nobel da Paz em 2006, afirmou nesta terça-feira (19) que o mundo dos negócios não pode ser focado somente na “maximização dos lucros” e que os chamados “negócios sociais” podem representar uma grande força para resolver os problemas globais.do Rio+Social (Foto: Darlan Alvarenga/G1)
“Dinheiro tornou-se um vício. Mas fazer dinheiro é simplesmente um meio e não um fim”, afirmou durante o Rio+Social o fundador do maior banco do microcrédito do mundo. Yunus fundou o Graeem Bank em 1983 e, com essa instituição, já concedeu créditos para mais de 8 milhões de bengaleses, em sua maioria, mulheres.
Segundo ele, os negócios focados 100% no lucro podem mudar e também ter uma parte das atividades voltadas para o social para darem também algum retorno para a sociedade.
"A questão-chave não é maximizar lucros com o banco ou não, mas investir no próprio banco e não nos donos dele", afirmou Muhammad Yunus.
O Nobel considerou a Rio+20 como uma oportunidade de inspiração para renovar promessas e, se possível, mudar o mundo.
O Rio+Social discute o uso da tecnologia, mídia digital e ações sociais para ajudar a desenvolver soluções sustentáveis para enfrentar os maiores problemas do planeta.
Richard Branson, fundador do Virgin Group, também
participou do Rio+Social (Foto: Darlan Alvarenga/G1)
Yunus comparou as redes sociais como um rio que corre em direção a uma cachoeira. “Quando mais fluxo, melhor”, disse.participou do Rio+Social (Foto: Darlan Alvarenga/G1)
O Rio+Social reuniu nesta terça-feira personalidades como Ted Turner, magnata da mídia e fundador da CNN; Michelle Bachelet, ex-presidente do Chile e atual diretora executiva da ONU Mulheres, e o britânico Rihcard Branson, fundador do Virgin Group, que comandou uma mesa de debates sobre negócios inovadores.
Branson, que investe em áreas como turismo espacial, afirmou que o seu grupo está sempre pesquisando tecnologias inovadoras e que está avaliando novas oportunidades de negócios relacionadas a oceanos. Questionado por jornalistas se estaria de olho em oportunidades de negócios sustentáveis no Rio, disse apenas: "Acabei de chegar".
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