MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

terça-feira, 12 de junho de 2012

Estiagem atrapalha o cultivo do fumo no agreste de Alagoas


Outro fator que piora a cultura é o preço pago pelo produto.
Quem tem fuco estocado não consegue vender o que foi colhido.

Do Globo Rural

As mudas de fumo precisam ser cultivadas em um pequeno pedaço de terra chamado sementeira. Só depois de semeadas, elas são levadas para o campo.
No agreste de Alagoas, é justamente nesta etapa que a estiagem está comprometendo a safra deste ano. O processo de transferência das mudas da sementeira para o campo não pode demorar mais que 45 dias, mas sem as chuvas, fazer a transferência fica inviável.
No povoado Oitizeiro, em Arapiraca, Aurestes Oliveira cansou de esperar a chuva e se adiantou. Ele até preparou a sementeira e agora rega as plantinhas com água de barreiro, que busca de carroça em um reservatório. Apesar do esforço, ele está ciente que haverá perdas na produção, que podem chegar a pelo menos 30%.
Alguns agricultores foram além, até iniciaram o preparo da terra para o plantio do fumo, mas sem a chuva, os canteiros sequer foram feitos e o trabalho ficou pela metade.
Com a enxada, Francisco Rodrigues limpa o terreno para o plantio deste ano, mas ele não sabe se vale a pena investir novamente na cultura. Em casa, o agricultor mantém estocada uma tonelada da planta da safra de 2011, que guardou com a esperança de ver o preço subir, mas não foi o que aconteceu.
Mesmo com pouco fumo no mercado, o valor do quilo 2011/2012 caiu de R$ 10 para R$ 8, quantia insuficiente para cobrir os custos de produção.
Arapiraca já foi considerada a capital do fumo. Atualmente, a principal cultura do município é a mandioca.
Fatores climáticos podem contribuir ainda mais para a redução da área de cultivo em 2012. A região fumageira é formada por 11 municípios, onde há 30 anos, a área de cultivo girava em torno dos 40 mil hectares. Hoje, esse número foi reduzido para cerca de 10 mil hectares.
O gerente regional da Secretaria Estadual de Agricultura explica outros motivos da alteração. “A mudança de hábito do fumo de corda para o fumo industrializado. Fora isso têm as oscilações do preço”, explica Rui Palmeira.

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