MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

segunda-feira, 4 de junho de 2012

Estiagem preocupa produtores que se preparam para o inverno no RS


Campos secos prejudicam a alimentação de vacas leiteiras e ovelhas.
Pecuaristas buscam alternativas para não aumentar o custo da produção.

Do G1 RS, com informações da RBS TV

A estiagem que atinge o Rio Grande do Sul há sete meses afeta a atividade agropecuária em diversas regiões. Na Campanha, as pastagens ainda não brotaram por falta de chuva. A produção de leite, do gado de cria e até o desenvolvimento dos cordeiros
recém-nascidos começam a preocupar os produtores que se preparam para o inverno no estado.
Na Região da Campanha, os campos naturais apresentam razoável desenvolvimento, com melhor oferta de volume de pasto para a manutenção de um pequeno ganho de peso do animais. Ainda assim, a procupação dos criadores é com a entrada do inverno, devido à redução dos pastos naturais e cultivados, até que as pastagens (especialmente as gramíneas anuais como a aveia e o azevém) possam se desenvolver.
O pecuarista Marcelo Macedo Linhares tem cerca de 3 mil cabeças da raça de gado britânica Brangus. Ele calcula que a produção de terneiros poderá ter uma redução de até 20% caso a estiagem continue também na próxima estação. "A gente procura trabalhar sempre com a maior quantidade de pasto possível, para evitar que os animais passem fome. A gente faz diferimento e baixa um pouco a lotação", conta. Ele explica que diferimento é a vedação de uma determinada área no final da estação de crescimento, a fim de possibilitar que a forragem acumulada possa ser utilizada no período da seca.
Na propriedade do ovinocultor Ronaldo Torres Moreira, o problema é com a alimentação das 150 ovelhas da raça australiana Ideal, produtoras de lã. O campo está seco, e o pasto está quase desaparecendo. Grandes manchas amarelas no solo mostram como a seca prolongada castigou a região e ainda continua causando prejuízos.
A baixa oferta de alimento para os animais é chamado de vazio forrageiro, sendo necessária a complementação nutricional com alimentos processados na propriedade ou adquiridos no mercado, como rações e farelos. Mas isso aumenta os custos de produção das atividades e o produtor resolveu optar pela semeadura de aveia e azevém. "Se não fizer assim, os animais morrem de fome no inverno. A ovelha não aleita para amamentar e o cordeiro fica fraco. A mãe tem que estar bem alimentada para que o filhote cresça com bom peso e tamanho", explica.
O reflexo da estiagem prolongada na Campanha também atinge a atividade leiteira. A alimentação do gado ainda não é a mais adequada e a produção é baixa. Na propriedade do produtor Dari Gonçalves de Almeida, o prejuízo já é de 30%. Os 400 litros de leite tirados diariamente das 45 vacas holandesas caíram para 320.
Com o campo seco, os animais precisam ser levados para outras áreas, onde ainda resta um pouco de pastagem. Para tentar reduzir as perdas, o produtor fez silagem de milho para complementar a alimenbtação dos animais. "Nós cofeccionamos o silo na propriedade e já utilizamos o mecanismo. A gente se preparou, mas mesmo assim a lavoura de milho afetada pela estiagem não produziu a quantidade de milho que esperávamos para a silagem", conta ele.
Em algumas propriedades no interior de Santana do Livramento, o abastecimento de água potável para famílias e animais ainda continua sendo feito por caminhões-pipa.

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