MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

quarta-feira, 6 de junho de 2012

Estudantes têm aula em ginásio de esporte há mais de 2 anos, em Goiás


Obra em colégio estadual de Doverlêndia prejudica cerca de 300 alunos.
Secretária de Educação informou que reforma será reiniciada em um mês.

Do G1 GO, com informações da TV Anhanguera
Cerca de 300 alunos do Colégio Estadual Pedro Ludovico Teixeira em Doverlândia, no sudoeste de Goiás, estão assistindo aula em um ginásio de esportes da cidade por causa do atraso na reforma do colégio, que já dura mais de dois anos.
No galpão, as salas são improvisadas no meio do ginásio e somente no período da tarde, seis turmas dividem o mesmo espaço. Além disso, nos dias de chuva o problema se complica ainda mais. Um vídeo feito por um professor mostra que quando chove o local fica alagado e as aulas precisam ser suspensas.
“Quando chove não é bom porque a gente tem de sair daqui e parar de estudar”, diz a estudante Mikaele Santos.
Tudo funciona de forma muito precária. A sala dos professores se mistura com a biblioteca, secretaria e a cantina. Estudantes e professores reclamam da dificuldade de concentração e das falhas no aprendizado.
“Uma sala atrapalha a outra. É um movimento de todas as turmas que chamam a atenção dos alunos. É muito desgastante, eu estou até com a voz falha por causa disso”, conta a professora Sinara Mota.
Atraso
As obras no colégio estão paralisadas há seis meses. O prazo para entrega era de 120 dias, mas a reforma - avaliada em R$ 750 mil - se arrasta por mais de dois anos. Aos poucos os materiais utilizados na construção estão sendo deteriorados e o mato toma conta do local. “Tem mato para todo lado. Os materiais estão acabando e agente não tem nenhum retorno”, afirma o diretor, Valdo Matias.
Segundo a promotora Simone de Sá Campos, o Ministério Público Estadual já foi notificado. “Nesse caso, o promotor já intentou a ação civil pública. Mas a gente tem uma dificuldade muito grande porque o Tribunal [de Justiça] entende que o Ministério Público não pode se inserir nessa esfera administrativa. Então, apesar de nós conseguirmos às vezes a liminar, nós não conseguimos que essa decisão tenha efeito, em virtude do impacto orçamentário que isso vai ter no executivo”, explica.
A Secretaria Estadual de Educação informou que a obra no Colégio Pedro Ludovico Teixeira está paralisada há seis meses por questões burocráticas, uma vez que a Controladoria Geral do Estado requisitou novos documentos antes que a obra tivesse continuidade, como portaria de gestão de contrato. A previsão é de que a obra seja reiniciada em 30 dias.

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