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domingo, 17 de junho de 2012

Haitianos deixam o Amazonas em busca de emprego pelo Brasil




Esta semana, cerca de 100 imigrantes seguiram para Rio Grande do Sul.
Cerca de 2,2 mil haitianos trabalham em Manaus, em vários setores.

Carlos Eduardo Matos Do G1 AM

Empresas do Sul do País estão empregando haitianos para atuar em vários setores (Foto: Ruthiene Bindá/TV Amazonas)Empresas do Sul do País estão empregando haitianos para atuar em vários setores (Foto: Ruthiene Bindá/TV Amazonas)
Empresas brasileiras de vários Estados, principalmente dos setores da construção civil, indústria e comércio, madeireiras e estivas, continuam recrutando haitinos refugiados em Manaus. Esta semana, cerca de 100 embarcaram para Rio Grande do Sul, onde irão trabalhar em uma fábrica de móveis na cidade de Pato Branco. O custo com passagens aéreas, cerca de R$ 70 mil, foi pago pela contratante.
A lista de embarque de imigrantes, rumo a um novo emprego, se estende na próxima semana, informou o padre Gelmino Costa, da paróquia de São Geraldo, em Manaus, responsável pelo acolhimento de parte dos haitianos refugiados.
Segundo o padre, 15 deles irão embarcar para Rio Grande do Sul, nesta segunda-feira (18), e serão contratados por uma construtora. Na terça-feira (19), dez casais também vão embarcar para o Sul do país, para trabalhar com abate de aves em um grande frigorífico.
"Acredito que alguns imigrantes estão conseguindo alcançar seus objetivos de ter um trabalho digno e enviar dinheiro para suas famílias que firaram no Haiti. Ficou melhor ainda, pois uma empresa frigorífica vai admitir casais", afirmou.
Emprego novo
Este ano, cerca de 700 haitianos deixaram Manaus para trabalhar em outros Estados. Além do salários, eles têm registro em carteira de trabalho, alimentação, hospedagem e outros benefícios, fiscalizados pela Superintendência Regional do Trabalho e Enprego (SRTE).
"As condições que os empregadores de fora oferecem são melhores em relação ao que é oferecido pelos amazonenses. Por isso, uma parte dos refugiados deixa Manaus por conta própria, ou seja, gasta o que economizou para trabalhar em outra região", afirmou.
Para o padre Gelmino, os empresários de outros estados são atraídos pela força de trabalho dos haitianos. "Eles são obstinados, gostam de trabalhar. São um exemplo para todos nós. O único desafio que irão enfrentar é o frio", afirmou.
Em Manaus, ainda existem aproximadamente 2,2 mil haitianos em atividade. Na contra-mão dos números positivos, cerca de 250 imigrantes estão na informalidade, fazendo 'bicos', e ainda há dezenas chegando em Manaus e que também vão procurar emprego nos próximos dias.

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