No mês passado, inadimplência destas operações subiu para 6,1%, diz BC.
Valor é mais do que o dobro, por exemplo, de dezembro de 2010 (2,5%).
A inadimplência de pessoas físicas na aquisição de veículos vem crescendo continuamente desde dezembro de 2010, quando estava em 2,5%. Ou seja, a taxa mais que dobrou em pouco mais de um ano. "A alta da inadimplência para compra de veículos reflete o crédito concecido em 2010", declarou Tulio Maciel, chefe do Departamento Econômico do Banco Central.
Segundo ele, a inadimplência na aquisição de veículos foi um dos fatores que contribuiu para que a taxa média de todas operações bancárias também batesse recorde histórico em maio deste ano. "A inadimplência mantém-se em patamar elevado influenciado pelo crédito de pessoas físicas, principalmente para compra de veículos", declarou.
Crédito para compra de veículos
Como consequência da inadimplência alta, os bancos continuaram emprestando menos para as pessoas físicas. De abril para maio, segundo números do BC, o estoque de linhas de crédito para compras de veículos ("leasing" e crédito ao consumidor) registraram queda de 0,3%, permanecendo em R$ 200 bilhões.
Esse movimento foi influenciado, principalmente, pelas operações com "leasing", cujo crédito recuou 4,7%. Ao mesmo tempo, as linhas de crédito tradicionais para compra de veículos registraram expansão de 0,2% em maio, segundo informações do Banco Central.
No acumulado dos cinco primeiros meses deste ano, por sua vez, foi registrada uma queda de 0,7% no crédito para aquisição de veículos. Em 2010 e 2011, respectivamente, o crescimento destas linhas de crédito foi de 19,9% e de 7,9%. Para destravar a concessão do crédito para compra de veículos, os bancos das montadoras já estão conversando com o Ministério da Fazenda.
Recentemente, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, anunciou a redução do Imposto Sobre Produtos Industrializados (IPI) para compra de carros, além da diminuição do Imposto Sobre Operações Financeiras (IOF) para todas as operações de crédito de pessoas físicas de 2,5% para 1,5% ao ano. A redução do IPI vale até 31 de agosto.O objetivo das medidas é estimular a atividade econômica.
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