MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

segunda-feira, 11 de junho de 2012

Mapa aponta recuo das exportações do agronegócio mato-grossense


Apesar da variação negativa, estado mantém vice-liderança nacional.
Algodão apresentou alta enquanto soja teve desempenho tímido.

Leandro J. Nascimento Do G1 MT

Soja no Porto de Paranaguá (Foto: Divulgação/Appa)Soja apresentou leve alta no volume embarcado.
(Foto: Divulgação/Appa)
As exportações do agronegócio mato-grossense recuaram 4,31% no acumulado de janeiro a maio de 2012 na comparação com o mesmo período de 2011. É o que apontou nesta segunda-feira (11) o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). As exportações variaram de US$ 4.058 bilhões a US$ 3.883 bilhões entre os períodos, respectivamente. Apesar do menor envio de produtos ao mercado externo, Mato Grosso permanece na vice-líder nacional, atrás apenas de São Paulo que no mesmo intervalo embarcou US$ 4.78 bilhões.
O complexo da soja ocupa posição de destaque nos embarques do agronegócio mato-grossense, apesar do desempenho tímido no intervalo. Até maio deste ano, o envio de soja em grão, farelo e óleo apresentou leve alta. De acordo com o Ministério da Agricultura, foram US$ 3 bilhões em 2012 contra US$ 2,9 bilhões em 2011. Em todos os períodos, a oleaginosa em grão puxou o desempenho do complexo de soja.
Já o complexo de carnes - segundo componente mais exportado pelo estado - perdeu espaço e em cinco meses rendeu cifras na ordem de US$ 398.635 milhões. Isso representa 22,4% a menos em relação a 2011 quando foram US$ 514.089 milhões, conforme revelou o Mapa.
Enquanto isso, os negócios com fibras e têxteis cresceram acima de 600% entre os anos, puxados principalmente pelo algodão. Entre janeiro a maio os negócios oriundos da venda destes produtos renderam US$ 218.058 milhões. Um ano antes totalizaram US$ 29.921 milhões. Somente com o algodão (não cardado nem penteado) faturou US$ 217,6 milhões contra US$ 29,6 milhões.
Analista vê evolução na exportaçãoElisa Gomes, analista de mercado do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), lembra que o cenário de alta nos embarques verificado com a cultura do algodão reflete uma realidade nacional: as unidades federadas vão exportar mais que consumir o produto.
"O Brasil sempre consumia mais que exportava, e agora o Brasil vai embarcar mais. De acordo com a Conab, em 2012 o país deve mandar para o exterior um total de 970 mil toneladas e consumirá 910 mil toneladas. Será a primeira vez", destaca Elisa.
A especialista lembra que as exportações ainda abrangem a produção do ano de 2010/11. No mercado interno, o excedente de produto ainda provoca reações nos preços e puxam para baixo o valor pago na pluma.
"O produtor precisa exportar porque estamos com muita oferta e o consumo interno continua fraco pelas indústrias. O Brasil tem a pluma para enviar e os países, especialmente os da América do Sul, têm a demanda. Isso nos ajuda a diminuir os estoques de passagem porque ainda negociamos o que produzimos na safra 2010/11", lembra Elisa Gomes.
Participação
Com os mais de US$ 3,8 bilhões exportados em 2012, Mato Grosso respondeu a 14,3% de todas as operações realizadas no país. Juntas, todas as unidades da federação foram responsáveis por movimentar US$ 26,4 bilhões. Já São Paulo, principal exportadora brasileira, abocanhou 18,1% de todos os embarques realizados entre janeiro a maio deste ano.

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