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segunda-feira, 4 de junho de 2012

MPF e PF em MS investigam demora na realização de partos em hospital


Morte de bebê motivou investigação no HU de Dourados, diz MPF.
Hospital diz que foi aberta sindicância para apurar possíveis falhas.

Fernando da Mata Do G1 MS

O Ministério Público Federal (MPF) e a Polícia Federal (PF) investigam a demora na realização de partos no Hospital Universitário (HU) de Dourados, a 225 km de Campo Grande. As investigações, que começaram na última terça-feira (29) e tiveram alguns pontos divulgados nesta segunda-feira (4), apuram a morte de um bebê e o nascimento de uma criança com sequelas cardíacas durante os procedimentos. A direção do HU informou que ainda não foi notificada oficialmente.
Os casos passaram a ser investigados após denúncia dos pais das crianças ao MPF, que abriu dois inquéritos civis. O órgão determinou à PF abertura de investigação policial e à Secretaria Estadual de Saúde (SES) realização de auditoria no setor de Maternidade e Obstetrícia do HU.
Segundo a PF, o delegado José Antônio de Oliveira Franco pediu inicialmente as fichas dos pacientes e a intimação dos pais para que prestem depoimento. Entretanto, outras pessoas devem ser ouvidas, incluindo os membros da equipe médica do HU que fizeram os partos.
Sobre a auditoria no HU de Dourados, a SES informou apenas que está em andamento e deve ser concluída nos próximos dias. Dentre as determinações do MPF para a auditoria, estão: funcionamento de leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) neonatal; cumprimento dos protocolos médicos de atendimento das especialidades e da vigilância sanitária; verificação do número de servidores, da estrutura física, do mobiliário e do material hospitalar.
A investigação da PF e o procedimento da SES serão encaminhados ao MPF quando estiverem concluídos e o órgão decidirá se vai encaminhar ou não a denúncia à Justiça Federal.
Partos investigados
Um dos procedimentos ocorreu em abril deste ano. Conforme o MPF, uma mulher com 41 semanas de gestação foi internada no HU com fortes contrações e a equipe médica teria esperado dois dias para realizar o parto normal. Posteriormente, de acordo com o Ministério Público, os médicos fizeram uma cesariana, mas o bebê estaria com o cordão umbilical enrolado no pescoço e não resistiu.
No outro parto investigado, de acordo com o MPF, a demora na realização da cesariana teria causado problemas cardíacos no recém-nascido.
Para o Ministério Público, há indícios de assassinato no primeiro caso e serão feitas exumação e necropsia para apurar se a morte do bebê ocorreu ou não pelo fato do cordão umbilical estar enrolado no pescoço no momento do parto.
Outro lado
Em nota divulgada nesta segunda-feira, a assessoria de imprensa do HU de Dourados afirmou que já forneceu à Secretaria de Saúde todas as informações solicitadas pela equipe de auditores.
Sobre a morte do bebê, o hospital informou que uma sindicância foi aberta para apurar as circunstâncias do atendimento. Em relação ao outro caso, a direção clínica do HU está providenciando os esclarecimentos solicitados, de acordo com a assessoria de imprensa.

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