Promotora defende arquivamento de caso de idosa que matou invasor no RS
'Não há nenhuma possibilidade do caso avançar comigo', ressaltou ao G1.
De acordo com a Susepe, assaltante estava em liberdade provisória.
Invasão ocorreu no sábado(9), em Caxias do Sul(Foto: Reprodução/RBS TV)
Diante da possibilidade de o inquérito ser encaminhado ao Ministério Público, o que deve ocorrer em até 30 dias, a promotora ressaltou que a tendência é de que não haja continuidade no processo. O delegado responsável pelo caso disse na segunda-feira (11) vai indiciar a mulher por homicídio doloso e porte ilegal de arma.
"Se o inquérito parar nas minhas mãos, vou arquivar, com certeza. Não há hipótese de esse caso avançar comigo. Eu sou a única pessoa que pode ou não dar sequência nisso dentro do Ministério Público. E se o delegado falou que vai indiciar, o processo vai chegar para mim", disse ao G1 a promotora. "Não existe outra possibilidade. Se o Estado não consegue me defender, eu não poderei me defender dentro da minha própria casa? Sim, eu posso sim.O cidadão tem esse direito", observou Sílvia.
Em contato com o G1 nesta terça, a Superintendência dos Serviços Penitenciários do Rio Grande do Sul(Susepe-RS) informou que o homem de 33 anos que invadiu a residência da idosa estava em liberdade provisória desde o dia 17 de maio. Ele tinha antecedentes criminais por roubo e havia sido preso no dia 18 de março.
Idosa relatou reação
Por volta das 17h de sábado (9), a idosa percebeu que havia alguém em seu quarto. Com a visão embaçada, só conseguia ver uma pessoa que lembrava seu neto. Somente depois de ter sido ofendida diversas vezes e de quase ter sido estrangulada, é que a mulher percebeu que se tratava de um assaltante. "Não sei como consegui fazer aquilo. Quando reconheci que aquele rapaz não era meu neto, peguei uma arma que estava guardada há muito tempo aqui em casa. Ele não viu e começou a me xingar e até tentou me estrangular. Foi quando eu atirei",
A moradora disparou uma vez, mas como viu que o homem continuava se mexendo, atirou outras vezes. "Parecia um pesadelo, eu não achei que fosse verdade", relata a idosa. Após os disparos, a mulher tentou chamar a polícia. Como não teve sucesso, ligou para a filha, que estava em uma chácara a 10km de distância do município. No entanto, quando a filha chegou ao apartamento da mãe, a polícia já havia cercado o local e acalmado a idosa. O homem foi socorrido pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência, mas não resistiu aos ferimentos.
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