Ministério Público entrou com ação civil pública em Valparaíso de Goiás.
Prefeitura diz que vai recorrer da decisão; empresa nega denúncias.
Segundo o Ministério Público, a denúncia partiu de três fiscais do próprio órgão, que estariam sendo perseguidos pela prefeita de Valparaíso e também pelo superintendente de Fiscalização Tributária do município. “Segundo os fiscais, teria sido cortada a gratificação instituída por meio de decreto aos fiscais tributários que fizeram a denúncia ao município”, diz a promotora Lorena Bittencourt.
O MP ainda não informou o valor do prejuízo que este esquema teria causado aos cofres públicos, mas a estimativa é de que as cifras chegam a milhões de reais, já que as empresas movimentam bastante dinheiro no município.
“A construtora não está incluída nesta modalidade tributária porque ela não presta qualquer tipo de serviço, pois ela é uma incorporadora. Portanto, os serviços são prestados para a própria construtora, não tendo fundamento nenhum a cobrança deste imposto”, alega o advogado Walber Martins.
Procuradas pela produção da TV Anhanguera, as outras duas empresas envolvidas na denúncia não quiseram se pronunciar.
DenúnciaO Ministério Público encaminhou a denúncia ao Judiciário. O juiz responsável pelo caso determinou o afastamento do superintendente de fiscalização tributária, assim como a proibição de transferências de servidores a pedido da prefeita.
O advogado da prefeitura, Gabriel Massoti, afirma que o órgão público deverá recorrer: “O município cumpre determinação judicial e buscará reformar a decisão dentro do que a Constituição lhe garante, que é o direito de recorrer. Então, a gente espera que o Pode Judiciário e o Ministério Público abram vista do processo para o município para que ele posso tomar as medidas legais necessárias”.
Ainda de acordo com o Ministério Público, o superintendente de fiscalização tributária e a prefeita do município podem perder as funções públicas e terem os direitos políticos suspensos.
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