MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

terça-feira, 19 de junho de 2012

Queda em preço faz produtor de Mato Grosso segurar safra de milho


Agricultores esperam melhores preços, de acordo com Imea.
Desvalorização do cereal chegou a 27% em um ano

Leandro J. Nascimento Do G1 MT

Quase metade da safra de milho do País sairá do Paraná (Foto: Divulgação/AE Notícias) (Foto: Divulgação/AE Notícias)
Alta oferta de milho ocasionada pelos anúncios de uma supersafra repercutiu no mercado em Mato Grosso. Em um ano, o preço do cereal recuou 27% no estado e fechou a primeira quinzena de junho cotado em R$ 14,07 a saca contra R$ 19,25 em 2011. Com a previsão de colher acima de 13 milhões de toneladas, produtores decidiram segurar a comercialização do produto, na esperança de que os preços melhorem.
Cleber Noronha, analista de mercado do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), destaca que na comparação com a última semana, os negócios com o milho evoluíram na ordem de um ponto percentual, frente ao preço médio apresentado atualmente de R$ 14,50/saca.
No entanto, quando comparado este mês com o igual período da última safra, a comercialização tornou-se 7,5 pontos percentuais inferiores. Em junho de 2011 as vendas atingiam 62,4% da produção. Neste são 56%. "A colheita agora está engrenando e chegou a 4,5%. Mas a comercialização não mudou tanto. O milho decaiu com essa média ponderada e desceu a comercialização", frisou o especialista.
O analista de mercado pondera ainda que desde os primeiros anúncios de se colher a maior safra da história na unidade federada, os preços reagiram de maneira imediata. "Houve uma reação instantânea. Isso não agrada ao produtor a ponto de comercializar em grandes quantidades. Ele está esperando colher para tomar uma decisão mais para frente", complementa Noronha.
O que pode estimular o produtor a negociar a safra é a baixa disponibilidade de milho voltado ao mercado externo.
Exportação
Noronha lembra que a exportação de milho no mês de maio atingiu um dos níveis mais baixos dos últimos dez anos, chegando a 77 toneladas. A expectativa é que se altere o quadro em função do início da colheita.
De acordo com o Imea, em maio os embarques do estado atingiram o 4º menor número em uma década, sendo apenas maior que junho de 2009 o mais baixo, com 4,8 toneladas exportadas; dezembro de 2004 com 47,3 toneladas e maio de 2001 com 71,5 toneladas.

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