MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

quarta-feira, 25 de julho de 2012

Acordo anima produtores de cachaça da região a exportarem para os EUA


Resolução entre os países facilita a venda no mercado norte americano.
Para levar o nome de 'cachaça', bebida precisa ser produzida no Brasil.

Do G1 São Carlos e Araraquara

Produtores de cachaça da região comemoram o crescimento da exportação do produto para os Estados Unidos. Segundo o Ministério da Agricultura, de janeiro a junho de 2012, as exportações cresceram 45,5%, o equivalente a 273 mil litros.
Em 2011, cerca de 90 empresas exportaram 17,3 milhões de dólares. Isso representa apenas 1% do que é produzido no Brasil. Dos 9,8 milhões de litros, 10%  foram para os Estados Unidos. Um acordo entre os governos brasileiro e americano facilita as negociações de exportação da cachaça.
A cachaça era vendida nos Estados Unidos como “rum brasileiro”. Isso tirava a credibilidade do produto e dificultava as vendas, já que o rum é uma bebida típica dos países da América Central e o Brasil não teria tradição na sua produção.
Em abril deste ano, durante uma visita oficial ao Brasil, o presidente Barack Obama mudou a nomenclatura da bebida, que passou a ser reconhecida como genuinamente brasileira. Agora, nos Estados Unidos, as bebidas destiladas de cana, identificadas como cachaça, só podem ser vendidas se tiverem sido produzidas no Brasil.
Uma indústria de Rio Claro (SP) exporta 5% da produção para mais de 40 países, entre eles os EUA, onde está presente há mais de dez anos em 25 estados. Para o diretor da empresa, Joeny Cremasco, a medida irá facilitar a entrada da aguardente. A expectativa é de um crescimento anual de 20% nas exportações.
Nos alambiques de Ribeirão Bonito (SP) a expectativa é parecida. A cidade produz 50 mil litros de cachaça artesanal por ano. Entre os tipos, branca, com sabores e envelhecidas, 20% é exportado para a Inglaterra em embalagens especiais.
O produtor Luiz Vanalli já exporta há sete anos e está em negociação desde o início do ano para entrar no mercado norte americano. Segundo ele, o acordo entre os dois países em abril facilitou a venda. Em poucas semanas, mil unidades de cachaça serão enviadas para os Estados Unidos.
O professor João Bosco Faria, do centro de pesquisa em cachaça da Universidade Estadual Paulista (Unesp) de Araraquara, diz que a bebida brasileira tem potencial. Segundo ele, a nova nomenclatura trouxe o reconhecimento que faltava para fortalecer o produto no exterior e até no Brasil.
Indústrias de cachaça aguardam regulamentação que facilita entrada nos EUA (Foto: Reprodução/EPTV)Indústrias de cachaça aguardam regulamentação que facilita entrada nos EUA (Foto: Reprodução/EPTV)

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