Estudantes usaram cartazes, faixas e panfletos durante manifestação.
Após vários assaltos, eles pedem reforço na segurança da região.
Cerca de 100 alunos do campus do Instituto Federal do Espírito Santo (Ifes) de Guarapari, na região Metropolitana, se reuniram na tarde desta quarta-feira (4) para protestar contra a falta de segurança no entorno da instituição. Eles seguiram até o Clube Siribeira, no Centro de Guarapari, e utilizaram cartazes, faixas e panfletos. Segundo os alunos, cerca de 50 jovens já foram assaltados desde o funcionamento do colégio, há dois anos. A Polícia Militar informou que o policiamento na região já foi reforçado.
Ainda de acordo com os estudantes, somente nesta semana, dois alunos foram assaltados na região. Em um dos crimes, o suspeito teria dado tiros para o alto. O estudante Mateus Nunes, do curso técnico em Administração, disse que o policiamento na região é escasso. "Autoridades disseram que os pais dos alunos que teriam que dar um jeito na situação. A única forma que achamos para tentar melhorar isso, é indo para a rua. Não notamos policiamento aqui na região. Essa semana mesmo teve até tiro para o alto durante um assalto. A polícia só aparece depois que acontecem os crimes", contou Mateus.
Mateus contou ainda que muitos alunos têm deixado de frequentar o instituto, com medo. "Alguns alunos pararam de estudar e dizem que só voltam depois que a situação for resolvida. São pessoas diferentes que cometem os crimes", falou.
Policiamento
O tenente-coronel Dejair Lopes, comandante do 10º Batalhão da Polícia Militar, frisou que a região não tem muitas ocorrências registradas. "Sabemos que é, sim, um local isolado, afastado, mas a questão de furtos e roubos não é um problema só daquela região. As pessoas devem entender que agimos de forma coletiva. A demanda em Guarapari é muito grande. O que notamos é a falta de informações. Eu não consigo atuar numa região onde não há registros de ocorrências. As vezes o aluno é assaltado e conta para os pais, conta para a direção da instituição. Em 2012 temos apenas quatro ocorrências registradas por ali", falou Lopes.
Ainda assim, o tenente-coronel Lopes garantiu que o policiamento na região foi reforçado. "Temos 13 mil ocorrências de modo geral na cidade este ano. Mesmo assim, já estamos conferindo maior atenção a essa área. Mas temos que agir de forma abrangente, sistematizada. Aumentamos o policiamento ali e trabalhamos de forma diferenciada, sem individualizar. Estamos agindo com policiamento pontual, em horários específicos. Não dá para garantir 100% de segurança o tempo inteiro. A Polícia Militar está fazendo o trabalho que está ao seu alcance e as pessoas já vão notar uma diferença", destacou.
Rede social
Os estudantes criaram uma página em uma rede social para explicitar as reclamações. Por lá, relatam casos que, segundo eles, são recorrentes. De acordo com o Ifes, o aumento no policiamento já foi pedido.
O estudante do curso de Administração, Cassio Landes, de 18 anos, explica os objetivos de realizar o protesto. "Montamos um grupo de alunos que vai tomar medidas para protestar contra essa nossa situação. Primeiramente, pela internet, deixamos toda a população da cidade informada, mas não descartamos realizar passeatas. É uma série de assaltos, tem alunos que já tiveram bicicletas, livros, mochilas e celulares roubados. Infelizmente, a escola fica em um bairro com alto índice de criminalidade e nada é feito", explica.
Página foi criada para alunos publicarem reclamações de assaltos (Foto: Reprodução / Facebook)Outro lado
A Diretoria-Geral do campus de Guarapari do Ifes comunicou que a segurança da área é realizada por vigilantes de uma empresa de segurança. Quanto à área do entorno do colégio, o Ifes ressalta que já pediu o policiamento efetivo no local, mas que a polícia alega que não há contigente e viaturas suficientes. Além disso, a direção comunicou que tem parcerias para manter frequente a iluminação pública em frente ao colégio.
Ainda de acordo com os estudantes, somente nesta semana, dois alunos foram assaltados na região. Em um dos crimes, o suspeito teria dado tiros para o alto. O estudante Mateus Nunes, do curso técnico em Administração, disse que o policiamento na região é escasso. "Autoridades disseram que os pais dos alunos que teriam que dar um jeito na situação. A única forma que achamos para tentar melhorar isso, é indo para a rua. Não notamos policiamento aqui na região. Essa semana mesmo teve até tiro para o alto durante um assalto. A polícia só aparece depois que acontecem os crimes", contou Mateus.
Mateus contou ainda que muitos alunos têm deixado de frequentar o instituto, com medo. "Alguns alunos pararam de estudar e dizem que só voltam depois que a situação for resolvida. São pessoas diferentes que cometem os crimes", falou.
Policiamento
O tenente-coronel Dejair Lopes, comandante do 10º Batalhão da Polícia Militar, frisou que a região não tem muitas ocorrências registradas. "Sabemos que é, sim, um local isolado, afastado, mas a questão de furtos e roubos não é um problema só daquela região. As pessoas devem entender que agimos de forma coletiva. A demanda em Guarapari é muito grande. O que notamos é a falta de informações. Eu não consigo atuar numa região onde não há registros de ocorrências. As vezes o aluno é assaltado e conta para os pais, conta para a direção da instituição. Em 2012 temos apenas quatro ocorrências registradas por ali", falou Lopes.
Ainda assim, o tenente-coronel Lopes garantiu que o policiamento na região foi reforçado. "Temos 13 mil ocorrências de modo geral na cidade este ano. Mesmo assim, já estamos conferindo maior atenção a essa área. Mas temos que agir de forma abrangente, sistematizada. Aumentamos o policiamento ali e trabalhamos de forma diferenciada, sem individualizar. Estamos agindo com policiamento pontual, em horários específicos. Não dá para garantir 100% de segurança o tempo inteiro. A Polícia Militar está fazendo o trabalho que está ao seu alcance e as pessoas já vão notar uma diferença", destacou.
Rede social
Os estudantes criaram uma página em uma rede social para explicitar as reclamações. Por lá, relatam casos que, segundo eles, são recorrentes. De acordo com o Ifes, o aumento no policiamento já foi pedido.
O estudante do curso de Administração, Cassio Landes, de 18 anos, explica os objetivos de realizar o protesto. "Montamos um grupo de alunos que vai tomar medidas para protestar contra essa nossa situação. Primeiramente, pela internet, deixamos toda a população da cidade informada, mas não descartamos realizar passeatas. É uma série de assaltos, tem alunos que já tiveram bicicletas, livros, mochilas e celulares roubados. Infelizmente, a escola fica em um bairro com alto índice de criminalidade e nada é feito", explica.
Página foi criada para alunos publicarem reclamações de assaltos (Foto: Reprodução / Facebook)A Diretoria-Geral do campus de Guarapari do Ifes comunicou que a segurança da área é realizada por vigilantes de uma empresa de segurança. Quanto à área do entorno do colégio, o Ifes ressalta que já pediu o policiamento efetivo no local, mas que a polícia alega que não há contigente e viaturas suficientes. Além disso, a direção comunicou que tem parcerias para manter frequente a iluminação pública em frente ao colégio.
Nenhum comentário:
Postar um comentário