MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

segunda-feira, 9 de julho de 2012

Aumenta a tensão no mercado da dívida para Espanha e Itália


Bônus da dívida espanhola a 10 anos superaram o nível crítico de 7%.
Os bônus da Itália para o mesmo vencimento subiram para 6,088%.

Do G1, com agências internacionais

Os juros pagos pela emissão de títulos da dívida de Espanha e Itália dispararam nesta segunda-feira (9), enquanto que Alemanha e, pela primeira vez, França, captaram a taxas negativas, em um mercado tenso com relação a reunião de ministros de Finanças, o Eurogrupo.
Os bônus da dívida espanhola a 10 anos superaram o nível crítico de 7% nos mercados secundários, a 7,023%, frente a 6,912% na sexta-feira, o que fez o prêmio de risco do país subir e fechar a sessão em 574 pontos básicos.
Os bônus da Itália para o mesmo vencimento subiram de 6,016% para 6,088%.
Já as emissões de dívida de curto prazo da Alemanha captaram 3,3 bilhões de euros a seis meses através de um histórico - 0,03%.
A França emitiu nesta segunda-feira cerca de 6 bilhões de euros a curto prazo a taxas negativas, um feito sem precedentes que comprova a forte atratividade da dívida francesa entre os investidores, anunciou a Agência França Tesouro, em um comunicado.
O feito implica que os investidores aceitaram pagar para poder emprestar dinheiro à França, e não o contrário, como geralmente acontece, o que indica uma manobra de proteção diante da turbulenta conjuntura econômica europeia.
A França entrou assim para o exclusivo clube de países europeus que se beneficiam de taxas negativas, junto com Alemanha, Holanda e Dinamarca.
Reunião de ministros da zona do euro
A pressão dos mercados já era percebida nos momentos anteriores à reunião dos ministros de Finanças da zona do euro, que buscam um 'acordo político' sobre as condições da ajuda de até 100 bilhões de euros estipulada para o recapitalização dos bancos espanhóis.
O texto definitivo, com todos os detalhes da operação, só deverá ficar pronto em 20 de julho, quando o Eurogrupo voltará a se reunir.
O ministro da Economia da Espanha, Luis de Guindos, disse em Bruxelas que as instituições que solicitarem ajuda para se recapitalizar terão que cumprir um determinado nível de capital, embora não tenha revelado qual seria esse índice exigido.
As condições não serão 'especialmente significativas' porque para 'as grandes instituições espanholas já está operando o índice de capital', afirmou em referência ao esforço de recapitalização que os grandes bancos já fizeram para chegar a 9% de capital de máxima qualidade, o que foi determinado pela Autoridade Bancária Europeia.
De Guindos disse que as condições da ajuda serão de dois tipos: as que afetam às entidades que recebem a injeção de capital e as genéricas, e precisou que existe 'uma base de acordo muito grande'.
Os ministros da zona do euro discutem hoje a minuta que suaviza o cumprimento do déficit, segundo afirmaram fontes europeias. Segundo o documento, a Espanha, que acabou 2011 com um déficit de 8,9% do PIB, não teria que diminuí-lo para 5,3% como estava previsto, mas sim para 6,3% neste ano, no caminho para reduzi-lo para 3% até 2014.
Para diminuir o déficit e atender as recomendações europeias, o governo de Mariano Rajoy estuda aumentar o IVA, eliminar a dedução por compra de imóvel e reduzir a tributação do trabalho, segundo adiantou hoje o ministro da Fazenda, Cristóbal Montoro.
O ministro assegurou que o Executivo está 'caminhando para uma tributação menor do trabalho e maior do setor indireto', em referência a uma futura alta do IVA como parte das novas medidas, que deverão ser aprovadas na próxima sexta-feira na reunião semanal do Conselho de Ministros.

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