MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

segunda-feira, 2 de julho de 2012

Caboclos ganham detalhes brancos para simbolizar a paz no figurino


Imagens representam homens e mulheres que lutaram pela independência.
Cortejo pelas ruas de Salvador é marcado pela participação popular.

Egi Santana Do G1 BA
Cabocla (Foto: Egi Santana/G1)Cabocla ganhou detalhes brancos para simbolizar
a paz durante o cortejo (Foto: Egi Santana/G1)
O figurino dos principais símbolos da Independência da Bahia, o caboclo e a cabocla, ganhou detalhes na cor branca em representação à paz, como explica João Marcelo Ribeiro, figurinista responsável pela confecção da vestimenta.
"Não podemos fugir do tradicional, que são as cores do nosso país, mas este ano frisamos no branco, em detalhes e flores, para falar da paz, algo que tanto precisamos ultimamente. Na roupa, usamos veludo, papelão, lantejoulas e pedrarias, em um trabalho que durou cerca de um mês", explicao artista.
A imagem dos caboclos representa a participação popular nas lutas pela independência. E a presença de populares é uma marca tradicional no cortejo que lembra as lutas em 1823, a exemplo do espírito cívico da vendedora ambulante Romilda Anunciação dos Santos. "Eu venho todo ano homenageando Joana Angélica, guerreira do nosso país", diz orgulhosa. Para montar o figurino, a ambulante diz que aluga tudo em uma loja no centro da cidade.
Ambulante (Foto: Egi Santana/G1)Vendedora ambulante vai ao cortejo todos os anos vestida de Joana Angélica (Foto: Egi Santana/G1)
História dos caboclos
Esculpido por Manoel Inácio da Costa, o caboclo representa os índios e mestiços baianos que lutaram pela Independência da Bahia contra as tropas portuguesas, derrotadas no dia 2 de Julho de 1823. Somente em 1840 ou 1849 (há controvérsias quanto à data precisa), é que surgiu a imagem da cabocla, representando a índia Catarina Paraguaçu e a figura feminina nas lutas pela independência.
Os registros históricos mais antigos sobre o pavilhão da Lapinha onde ficavam abrigadas as imagens datam de 1835, época em que a Associação Patriótica 2 de Julho providenciou o espaço. O Pavilhão Dois de Julho foi inaugurado nos moldes atuais em 1918 pelo Instituto Geográfico e Histórico da Bahia.
Cortejo antecipado
Independência (Foto: Egi Santana/G1)Jaques Wagner, Marcelo Nilo e Consuelo Pondé
fizeram hasteamentos (Foto: Egi Santana/G1)
A solenidade de hasteamento das bandeiras, que marca o início do desfile cívico do 2 de Julho, dia da independência do Brasil na Bahia, foi realizada por volta das 8h desta segunda-feira (2), mais de uma hora antes do previsto na programação oficial.
O ato aconteceu no Largo da Lapinha, em Salvador, e foi acompanhado pela população e diversos grupos de manifestantes - entre eles, professores em greve. Por volta das 6h, uma alvorada de fogos iniciou a programação festiva.
Entre autoridades políticas, estiveram presentes o governador Jaques Wagner, o presidente da Assembleia Legislativa, deputado estadual Marcelo Nilo, e a presidente do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro (IHGB), Consuelo Pondé, a única que fez discurso. "Esta data lembra aqueles que dedicaram as suas vidas pela consolidação da independência do Brasil", afirmou. João Henrique, prefeito de Salvador, não participou da abertura da festa cívica, considerada a mais importante na história da Bahia.
O cortejo que leva o caboclo e a cabloca deixou o local por volta das 8h30, acompanhado pelo "Hino ao 2 de Julho", executado pela banda da Marinha.
De lá, o desfile segue pelos bairros da Soledade, 2 de Julho, até a Praça Municipal, no centro da cidade. A celebração, que completa 189 anos este ano, presta homenagens aos hérois da independência, como índios, negros e personagens históricos como Maria Quitéria, Joana Angélica, General Labatut.
Fogo simbólico
Na tarde de domingo (1º), os moradores do bairro de Pirajá, em Salvador, acompanharam a chegada do fogo simbólico, que saiu de Cachoeira e passou por várias cidades do Recôncavo.
A “chama da liberdade”, escoltada por uma viatura e batedores da Polícia Militar, foi recebida em Pirajá com buzinaço, aplausos e queima de fogos.
A tocha foi entregue ao chefe da Casa Civil da Prefeitura de Salvador, Geraldo Abbehusen, que comandou a cerimônia. Ele acendeu a pira da Independência no Panteão, e depois colocou flores no local onde estão guardados os restos mortais do general Labatut. A cerimônia terminou com o hasteamento das bandeiras da Brasil, da Bahia e de Salvador.

Lapinha (Foto: Egi Santana/G1)Ruas da Lapinha foram preparadas para receber programação cívica (Foto: Egi Santana/G1)

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