MEDIÇÃO DE TERRA

MEDIÇÃO DE TERRA
MEDIÇÃO DE TERRAS

segunda-feira, 16 de julho de 2012

Doentes renais não conseguem transplante por falta de estrutura em SE


Transplantes de rim estão suspensos desde fevereiro.
Secretaria da Saúde diz que vai resolver, mas ainda não tem prazo.

Do G1 SE

Os transplantes de rim estão suspensos, em todo o estado, desde fevereiro. O problema maior não é a dificuldade em conseguir doadores.
Um drama que aflige centenas de pacientes e de famílias de Sergipe. Os transplantes de rim estão suspensos, em todo o estado, desde fevereiro. O problema maior não é a dificuldade em conseguir doadores. Segundo os médicos, o que falta mesmo é estrutura nos hospitais.
Alan faz hemodiálise há três anos, três vezes por semana. No interior, onde mora, não tem tratamento. Por isso ele percorre 120 Km até a capital, Aracaju. Cada sessão leva em média quatro horas.
“É cansativo, quando a pessoa chega é o corpo cansado, bastante ruim”, conta José Alan Moreira.
A espera por um transplante de rim é o drama vivido por quase 300 pacientes em Sergipe. Desde o começo do ano, eles aguardam em uma dolorosa fila de espera.
“Infelizmente são os maiores sofredores, por que nós sofremos por que vemos eles sofrendo, mas eles tão sentindo na pele deles essa angústia, esse sofrimento, de poder um dia ter uma vida mais normal, sem depender de uma máquina para sobreviver”, lamenta Benito Fernandez, coordenador da central de transplantes.
Um impasse entre equipes médicas e o estado impede a realização dos transplantes. Em Sergipe, duas equipes médicas se credenciaram junto ao Ministério da Saúde para realizar esse tipo de procedimento, mas os profissionais alegam falta de estrutura e por causa disso, uma equipe já pediu o descredenciamento e a outra suspendeu os transplantes.
Uma das principais queixas é a realização dos exames que avaliam se o paciente tem condições de receber o novo órgão. Como são feitos apenas na rede pública, a dificuldade e a demora atrapalham todo o processo.
“Seis meses para preparar um paciente, quando na verdade em 15 dias, três semanas, você poderia ter esse preparo. E a gente não pode deixar isso continuar. Isso aí coloca em risco a minha atuação como transplantador, coloca em risco a sobrevivência do enxerto de quem recebeu”, afirma Manoel Pacheco, nefrologista.
A Secretaria da Saúde de Sergipe diz que vai resolver, mas ainda não tem prazo. “Nós não temos como dizer que vai ser 30, 60, 90 dias, por que não depende exclusivamente da gente. O estado identificou as suas obrigações e está fazendo com que essas obrigações da secretaria de estado sejam cumpridas. As obrigações que decorrem do ente que não seja o estado, do ente municipal, nós já chamamos para fazer a pactuação e o que for necessário também do ente federal nós já fizemos”, explica Helio Farias Menezes, da Secretaria de Estado da Saúde de Sergipe.
Edjunior Vieira da Silva cansou de esperar, vai tentar o transplante em São Paulo. “O sofrimento só aumenta e tira a esperança dessas pessoas que tanto sofrem nesse tratamento”, lamenta o paciente.

Nenhum comentário:

Postar um comentário