Procon da cidade já registrou mais de 600 queixas este ano.
Servente diz que tem dinheiro para quitar empréstimo, mas não consegue.
Na ação foi pedida uma multa de R$ 5 milhões a cada instituição financeira. O processo já foi encaminhado ao juiz Luciano Ribeiro, mas ainda não foi analisado por ele. Os bancos também ainda não foram notificados.
Entre as reclamações, há casos de funcionários públicos que mesmo depois de ter quitado a dívida continuam recebendo cobranças. Tem ainda pessoas que tentam pagar a dívida para se livrar dos juros, mas não conseguem.
É o caso de Seu Antônio Carlos, que pegou um empréstimo bancário de R$ 7 mil para pagar em 60 meses. Depois de pagar 35 parcelas, resolveu quitar a dívida, mas não conseguiu. Ele diz que o banco tem dificultado o pagamento e que já pediu várias vezes um boleto bancário com o valor atualizado da dívida para que ele possa pagar. Em uma das vezes, conta Seu Antônio, ele chegou a ter o pedido atendido, mas a instituição enviou o documento com o vencimento para o mesmo dia e em um horário em que os bancos já estavam fechados.
"Não tô conseguindo pagar, tô com dinheiro e não estão me deixando pagar. Eu queria quitar meu débito. Tô tendo que pagar todo mês a parcela de R$ 310 com juros", reclama Seu Antônio Carlos Oliveira, servente.
"A expectativa do Procon é no sentido de que nos bancos possa haver uma diminuição dessa prática abusiva de não fornecer aos consumidores o boleto de quitação antecipada, que é direito deles, existe no Código de Defesa do Consumidor um dispositivo nesse sentido do consumidor poder quitar antecipadamente com redução proporcional de juros os seus débitos", explica Fernanda Rodrigues, advogada do Procon.
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