MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

sexta-feira, 20 de julho de 2012

Fábrica da Hyundai em Piracicaba começará a produzir em setembro


Por enquanto, a 1ª planta da marca na Am. Latina está na fase de testes.
Primeiro carro a ser lançado será o hatch HB20, em outubro.

Luciana de Oliveira Do G1, em Piracicaba (SP)

hyundai hb20 (Foto: Divulgação)Hyundai HB20, camuflado, em testes na pista da fábrica, em Piracicaba (Foto: Divulgação)
A primeira fábrica da Hyundai na América Latina vai começar a produção para vendas em setembro próximo, disse o presidente da empresa, Chang Kyun Han, na última quinta-feira (19), quando a planta de Piracicaba (SP) foi aberta à visitação de jornalistas. No mesmo dia, Han divulgou que o primeiro carro a sair da linha de montagem brasileira, um hatch, se chamará HB20 (HB de Hyundai Brasil e 20 referindo-se à sua plataforma) e chegará às lojas em outubro. No ano que vem, se juntarão a ele um sedã e uma versão "aventureira" que a montadora chama de "SUV looking" (algo como "visual de SUV").
Fruto de um investimento de US$ 600 milhões, a fábrica terá capacidade de produção de 150 mil veículos ao ano -começa operando em 1 turno, subindo para 2 em novembro; mas a Hyundai já prevê um terceiro se a expectativa de vendas for atendida. Só para 2012, a meta é comercializar 25 mil unidades do HB20, um hatch de entrada com motores 1.0 e 1.6 que competirá com Volkswagen Gol, Fiat Uno, Fiat Palio, Nissan March, entre outros, além de um futuro concorrente, o Toyota Etios, também fabricado no Brasil e esperado para este semestre.
fábrica da hyundai em piracicaba (Foto: Luciana de Oliveira/G1)Fábrica da Hyundai em Piracicaba
(Foto: Luciana de Oliveira/G1)
A área total é da Hyundai em Piracicaba é de 1.390.000 metros quadrados, sendo 69.000 de área construída. Devem ser geradas 2 mil vagas diretas, mais 3 mil divididas entre 9 fornecedores sul-coreanos já determinados e 20 mil empregos indiretos.
Entre esses 9 fornecedores, 4 empresas se encontram na área da fábrica, entre elas a Hysco, que fornece as bobinas de aço que serão convertidas em partes da carroceria na estamparia, a primeira fase da produção.
Presença sul-coreana
Segundo o gerente de comunicação e imprensa da Hyundai Brasil, Maurício Jordão, 30% do aço usado no HB20 é produzido pela empresa na Coreia. Ele é usado nas peças mais importantes, de resistência e acabamento interno. Já o aço usado em reforço e peças do painel, por exemplo, é nacional. Ainda sobre o rol de fornecedores, a empresa diz que há 20 brasileiros homologados.
A Hyundai afirma que começará a produção ajustada às exigências do governo federal quanto ao índice de nacionalização dos veículos -a montadora, inclusive, recebeu um financiamento de R$ 307 milhões do BNDES para a construção da fábrica, se comprometendo a adquirir equipamentos feitos no Brasil.
hyundai hb20 (Foto: Divulgação)Primeiras imagens do HB20 são disfarces
mostram apenas detalhes (Foto: Divulgação)
O HB20 é um carro totalmente desenvolvido para o país, mas projetado na Coreia do Sul. Para implantar a nova linha em Piracicaba, a Hyundai levou os 250 primeiros funcionários contratados para a matriz e ali "simulou", com as mesmas máquinas, a produção do hatch.
Nesta quinta, quando o G1 visitou a fábrica, muitos rostos orientais se misturavam aos brasileiros -homens e mulheres- na linha. Não foram permitidas fotografias de dentro da planta. A maioria das mensagens vistas em grandes cartazes ao longo da linha e no campo de provas era em inglês, algumas com tradução para o português, como "Perfeição antes da produção". No caminho para a fábrica, havia uma placa com indicação em coreano e em português.
Segundo a Hyundai, ainda há técnicos sul-coreanos ajudando no treinamento e na fase de testes de produção, mas, quando a planta estiver em pleno funcionamento, restarão 50, como coordenadores. Desde maio, são realizados testes de produção.
Todo o processo de solda é robotizado, diz a montadora, por mais de 300 máquinas do tipo também trazidas da Coreia. O acabamento da carroceria é manual. A linha de montagem conta com um sistema em que as peças "andam" junto com o carro, em vez de ficarem estocadas em cada parte da linha. O veículo, enquanto é montado, é movido por uma esteira. As caixas com as peças são levadas ao lado dele, por um robô que "lê" o caminho. Isso permite, segundo Jordão, uma "linha limpa".
presidente hyundai brasil (Foto: Divulgação)Presidente da Hyundai Brasil diz que marca
cumprirá contrato com a Caoa (Foto: Divulgação)
Desenvolvimento no Brasil?Os motores e as transmissões do HB20 também vêm da Coreia e, por ora, a montadora não tem planos de construir uma fábrica de powertrain no Brasil.
Questionado se pretende pesquisar e projetar carros no país futuramente, abrindo, por exemplo, um centro de desenvolvimento, o presidente da filial dá a entender que ainda é cedo para falar disso, mencionando que "o HB20 ainda é um recém-nascido".
Por enquanto a produção dos carros será inteiramente voltada ao mercado interno. Mas o presidente da Hyundai Brasil diz que, dependendo da aceitação do consumidor nacional, a empresa poderá considerar a exportação para outros países da América do Sul.
Contrato com Caoa segue
A montadora criará uma rede própria de distribuição para os modelos fabricados no Brasil. Até agora, ela operava no país em conjunto com o Grupo Caoa, onde tem, em Anápolis (GO), a produção dos modelos Tucson e HR em CDK, quando os veículos chegam prontos, apenas para serem montados. A Caoa também importa outros modelos da Hyundai, do hatch i30 ao sedã de luxo Genesis, passando pelo SUV ix35 e o Veloster. Segundo Han, as lojas da Hyundai do Brasil não venderão os modelos importados, e vice-versa.
A expectativa da HB é ter 200 concessionários espalhados pelo país. Até o fim de setembro deverão ter, segundo o executivo, 130 lojas voltadas apenas à revenda dos modelos brasileiros.Os importados continuarão a ser vendidos pela Caoa. E as duas redes deverão ter um padrão visual similar.
Han não crava se e quando a Hyundai irá assumir totalmente a operação da marca no Brasil. Ele afirmou que "a Hyundai sempre segue os contratos", porém, por confidencialidade, negou-se a dizer qual a duração do acordo entre a marca sul-coreana e a importadora brasileira.

Um comentário:

  1. E , enquanto eles vislumbram o sucesso do veiculo no mercado nacional, os funcionários da empresa vão sofrendo humilhações , desreipeito humano e profissional ( já que eles acham que mão de obra brasileira é burra ) coação a trabalhar carga horárias exaustivas ( por que na Coreia se trabalha em turno de 12 hrs diárias e horas extras e obrigação ). Emfim , eles tomam dinheiro emprestado do governo, ganham dinheiro aqui e ainda querem nos por cabrestos. So no Brasil acontece isto.
    Meu relato vai de alguem que trabalha em fornecedora coreana da hyundai.

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