MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

domingo, 22 de julho de 2012

Índio Pataxó cultiva mudas de plantas em extinção no sul da Bahia


Objetivo do índio Capim-Bará é tornar as aldeias sustentáveis.
Viveiro está montado no seu quintal, em Coroa Vermelha, no sul da Bahia.

Do G1 BA, com informações da TV Santa Cruz

Um índio Pataxó Capim-Bará montou há um ano no quintal de sua casa localizada em Coroa Vermelha, distrito de Santa Cruz Cabrália, no sul da Bahia, um viveiro com mudas de mais de 40 espécies de plantas, entre elas algumas ameaçadas de extinção. Segundo o índio, a ideia surgiu quando ele percebeu a necessidade de tornar as aldeias sustentáveis.
“Isso nasceu quando vi a minha comunidade trabalhando com artesanato, mas eu sentia que ninguém se mobilizava, se preocupava em plantar. E eu vi que no futuro a gente ia ter necessidade e dificuldade no volume e na qualidade da água, até mesmo as vegetações se acabando”, explica Capim-Bará.
Bacupari e Juçara, está última usada para interromper danos causados por veneno de cobras, são algumas das mudas de plantas em extinção presentes no viveiro do indígena. Com mudas de plantas nativas, Capim-Bará também pretende estimular o reflorestamento das áreas devastadas pelo homem. “Quando eu faço um plantio, eu planto a diversidade de plantas nativas e frutíferas para que possa atrair animais para perto da gente. A partir daí todo mundo vai viver bem. Vai ter fruto para o animal comer, vai ter fruto para a gente comer e, com certeza, a gente pode ter no futuro um ambiente sustentável”, diz.
Segundo o índio, no viveiro ele também multiplica mudas de plantas medicinais como a aroeira, o pau-brasil e o pau-óleo. As espécies são muito usadas pelos pajés nas tribos para ajudar a tratar e curar males e doenças que atingem adultos, crianças e adolescentes.
A manutenção do viveiro é feita por Capim-Bará com o seu salário de porteiro escolar. A maior parte da produção é doada para escolas indígenas e aldeias do município. “As pessoas têm que entender que educação ambiental é um processo permanente. Tem que ser diretamente na escola, igualmente a outra educação”, afirma.

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