MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

sábado, 28 de julho de 2012

Medidas do governo federal ainda não agilizaram operações no Porto do Rio de Janeiro


Folha Vitória
Agência Brasil
Redação Folha Vitória
ReproduçãoRio de Janeiro- As medidas anunciadas ontem (26) pelo governo federal para destravar os portos que sofrem com a greve da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) ainda não surtiram efeito. No Porto do Rio de Janeiro, a descarga dos navios está atrasada em um dia, de acordo com a operadora Terminal Libra, e as empresas reclamam de prejuízos com a lentidão.
A atuação da Anvisa é necessária na liberação de navios que vão atracar. Os fiscais são a primeira autoridade a checar as condições sanitárias das embarcações, de saúde dos tripulantes e avaliar mercadorias como alimentos e remédios. Outra responsabilidade é verificar se o navio não vem de áreas com doenças altamente transmissíveis, como ocorreu com a influenza A (H1N1) - gripe suína .
A greve dos fiscais, que começou no último dia 16, provocou transtornos e atrasos acentuados no porto do Rio na semana passada, quando oito navios não conseguiram atracar. O problema ainda se reflete nas operações desta semana, segundo o Sindicato das Agências de Navegação Marítima do Estado do Rio, que conseguiu na Justiça a manutenção de dois fiscais no porto.
"A greve causa lentidão, atraso e gera prejuízo, principalmente se [o navio] estiver carregado", disse o diretor do sindicato, Luiz Antonio Carvalho. O problema é que muitos navios são fretados e pagam diárias entre U$ 35 mil e U$ 60 mil, sem contar os custos com combustível, com manutenção e com a tripulação. Por isso, qualquer mudança no cronograma significa mais gastos.
Embora a situação no Rio seja melhor que a do Porto de Santos, a operadora Libra, que atua nos dois terminais, diz que na capital fluminense o atraso no embarque e desembarque de mercadorias é de um dia. “ Há o acumulo de contêineres, que dependem da liberação da Anvisa", afirma a operadora em nota. O terminal está flexibilizando os horários de estadia dos navios para facilitar as operações.
A Companhia Docas (autarquia federal que administra o Porto do Rio de Janeiro), entretanto, disse que a decisão judicial da última sexta-feira (20) obrigando a Anvisa a manter fiscais no porto do Rio minimizou o impacto da greve. Pela manhã, a empresa informou que não havia filas de navios para atracar. Mas, ao longo do dia, disse que só a Secretaria dos Portos, em Brasília, que não se pronunciou, poderia confirmar a normalidade das operações.
Para destravar os portos, o governo federal autorizou ontem (25) parcerias com órgãos de vigilância sanitária estadual. Também liberou que a licença para atracar (certificado de livre prática) fosse expedido pela Anvisa de Brasília e não apenas a Anvisa nos estados, além de permitir aos importadores retirarem a mercadoria e levá-la para galpões, onde serão futuramente inspecionadas.
O Ministério da Saúde também enviou uma nota aos sindicatos lembrando quais atividades devem ser mantidas. A liberação de alimentos, medicamentos e produtos importados pelo próprio órgão devem receber atenção especial e não podem ser prejudicadas.
Procurado pela Agência Brasil, o Sindicato Nacional dos Servidores da Agências Nacionais de Regulação (Sinagência) não se pronunciou sobre a greve da Anvisa nos portos.

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