MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

sexta-feira, 13 de julho de 2012

Novos leitos não resolvem problema das emergências de Porto Alegre


Capital recebeu pelo menos 226 das 354 novas vagas prometidas em 2012.
Superlotação diminui, mas hospitais continuam operando acima do limite.

Do G1 RS

As emergências de alguns dos principais hospitais de Porto Alegre receberam pelo menos 226 leitos nas últimas semanas. O número, no entanto, ainda está longe de resolver o problema da superlotação, conforme mostra reportagem do RBS Notícias (veja o vídeo). O assunto foi discutido nesta sexta-feira (13) no Fórum de Defesa do Consumidor, na Assembleia Legislativa.
No Hospital Conceição, a emergência operava com 50 leitos para um número de pacientes três vezes maior. O alívio veio há um mês, com a abertura de 25 novos leitos pelo plano para redução de ocupação. Outros 75 serão entregues a partir da próxima terça-feira (17). “Tivemos uma redução em torno de 5% na emergência, o que já havia ocorrido na semana anterior”, diz o superintendente do hospital, Nery Paes.
Já na Santa Casa, são 60 novos leitos de apoio à emergência. Outros quatro hospitais também receberam recursos do governo para ampliação do atendimento pelo Sistema Único de Saúde (SUS): são 20 leitos no São Lucas da PUC-RS, 50 no Hospital Vila Nova, 35 no Parque Belém e 36 no Beneficiência Portuguesa.
Até o final desse ano, serão mais de 400 novas vagas em hospitais da Região Metropolitana de Porto Alegre – 354 apenas para a capital. Mas o esforço para desafogar as emergências tem de ser ainda maior, calculam especialistas. Na última década, 3 mil leitos fecharam na capital gaúcha. Em todo o estado, são 12 mil leitos a menos.
De acordo com o secretário municipal da Saúde, Marcelo Bósio, o problema não é só responsabilidade do governo. Para ele, a rede privada também tem que investir mais. “Nós temos hoje uma crescente migração de pessoas para planos privados, principalmente empresariais, e um aumento de planos ambulatoriais, mas a parte hospitalar continua com o setor público”, argumenta.
A Associação Brasileira de Medicina de Grupo (Abramae), por sua vez, se queixa da falta de financiamentos para o setor. “Quantos hospitais deveríamos construir? Dez, 15 hospitais? Mas não tem verba para isso. O setor privado não tem nenhum incentivo”, reclama o presidente da Abrame, Francisco Santa Helena.
Médicos e administradores de hospitais esperam agora que as melhorias cheguem aos postos de saúde, para que a população tenha bom atendimento antes de precisar de uma emergência. “Tem um número de pacientes que não precisa de internação e que não precisa de consulta na emergência, mas sim de um local adequado para seu atendimento”, afirma o chefe do Serviço de Emergência da Santa Casa, Leonardo Martins.

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