MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

domingo, 15 de julho de 2012

PMEs em SP investem em sacolas sustentáveis e de plástico ecológico


Produto de plástico oxibiodegradável é facilmente absorvido pela natureza.
Iniciativa é reconhecida e aprovada pelos clientes.

Do PEGN TV

Pequenas empresas investem cada vez mais em soluções sustentáveis. Em São Paulo, empresários faturam com a produção da sacola retornável e a biodegradável para lojas e mercadinhos.

As sacolas biodegradáveis são aquelas feitas com matéria-prima orgânica. Há, contudo, um modelo de plástico que também é ecologicamente correto. Ele é diferente dos tradicionais porque a sacola é facilmente absorvida pela natureza. Isso acontece graças a um aditivo em grãos conhecido como oxibiodegradável.

“A gente sempre se preocupou em procurar novos formatos de embalagem, colocar um valor agregado maior na embalagem, colocando um valor diferenciado, e essa busca constante fez a gente procurar novos produtos, novas químicas para deixar um plástico mais inteligente, um plástico mais sustentável”, diz o empresário Rafael Bicalho.
A tecnologia para a fabricação das novas sacolinhas veio da Inglaterra. O produto oxibiodegradável é misturado ao plástico comum durante o processo de produção.

Na injetora, o plástico é aquecido a 300 graus e o aditivo age quebrando as moléculas de polietileno. O resultado é um filme plástico fino, maleável e de fácil reciclagem.

Bicalho é quem fabrica as sacolas. Uma iniciativa que alavancou os negócios. “O melhor de tudo isso é que não precisou mexer em nada de maquinário, apenas foi acrescentar um aditivo no processo de fabricação normal de embalagens”, afirma.

O tipo de filme também pode receber estampas como o plástico comum. Para certificar a qualidade do produto, a embalagem recebe um selinho e a data de fabricação.

Além de ser reutilizável, a sacolinha oxibiodegradavel tem outra vantagem muito importante, o tempo de degradação no meio ambiente. Para se ter uma ideia, uma sacola de plástico comum demora cerca de 500 anos para se decompor na natureza, enquanto esse tipo de sacolinha ecológico leva 24 meses.

O clima também pode influenciar na degradação das embalagens. Expostas ao sol e chuva o processo fica ainda mais rápido.

Hoje, a empresa faz 500 mil sacolinhas oxibiodegradáveis por mês, de vários modelos e tamanhos. O produto já representa 40% de toda a produção da empresa.

O preço de uma embalagem é 10% mais caro que o de uma sacola de plástico comum. Mas mesmo com o custo um pouco maior, Bicalho tem conseguido conquistar clientes em todo país. O empresário garante que o tratamento aplicado no plástico não afeta a qualidade final do produto.

“A resistência é a mesma de uma sacolinha comum, as propriedades são as mesmas, a única coisa é o tempo de deterioração das embalagens. (...) Todo mundo hoje está preocupado não só a aliar sua marca a um produto sustentável, como também de fato com a natureza”, opina.

Uma loja de roupas no centro de São Paulo usa as novas embalagens há quase um ano. Quase 15 mil clientes saem da loja com as sacolinhas nas mãos, todos os meses. “A gente quis visar bastante a sustentabilidade e poluir menos”, diz Carlos Alberto Ornellas Filho, auxiliar administrativo.
A iniciativa é reconhecida e aprovada pelos clientes. “Eu acho que todas as empresas, comércio, supermercado, já que tem essa polêmica sobre a sustentabilidade, que é uma necessidade para nosso meio ambiente, deveria se preocupar com essa situação”, sugere a consumidora Eliene Agrella Carvalho.

Com as sacolinhas sustentáveis, o faturamento da empresa de Bicalho é de R$ 250 mil por mês. Mas o empresário quer expandir ainda mais os negócios e aposta em um crescimento otimista.

“Eu acredito que, nos próximos anos, possa chegar uma relação de porcentagem que 70% a 80% do nosso faturamento seja de sacolas oxibiodegradáveis”, estima.

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