Estação em Vilhena está em péssimas condições de conservação.
Em Ji-Paraná, prédio abriga um museu.
Antigo prédio telegráfico em Vilhena (Foto: Iphan/Divulgação)
O Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) anunciou nesta quinta-feira (12) o tombamento dos prédios das antigas estações telegráficas instaladas nos municípios de Vilhena e Ji-Paraná, em Rondônia. As estações foram construídas no início do século 20 pela Comissão Rondon, formada pelo Marechal Cândido Rondon, um dos maiores sertanistas brasileiros.A notificação do tombamento foi recebida pela Superintendência do Iphan em Rondônia após a publicação no Diário Oficial da União no final do mês de junho . De acordo com o documento, os monumentos devem ser preservados e restaurados pela União devido ao “elevado valor histórico”.
A superintendência do órgão em Rondônia já lutava pelo registro nacional dos postos telegráficos desde 2007. “O tombamento nacional já é uma grande vitória para a história de Rondônia. O próximo passo é arregaçar as mangas e partir para os projetos de restauração, revitalização e musealização das edificações, que já estão bem deterioradas”, diz o superintendente do Iphan em Rondônia, Beto Bertagna.
Em Ji-Paraná, posto telegráfico é um museu
(Foto: Iphan/Divulgação)
A antiga estação telegráfica localizada em Vilhena abrigava o Museu Rondon, desativado por falta de estrutura desde 2011. Já o posto de Ji-Paraná, em melhor estado de conservação, resguarda o Museu das Comunicações. “A partir de agora, as duas estações estão sob proteção da União e devem ser avaliadas pelos técnicos do Iphan para receberem uma reforma em sua estrutura, restaurando as suas características originais”, salienta Bertagna.(Foto: Iphan/Divulgação)
De acordo com o Iphan, os prédios devem ser restaurados no início do próximo ano.
Tombamentos federais em Rondônia
Em todo o estado, apenas o Real Forte Príncipe da Beira, localizado no município de Costa Marques - redescoberto pelo próprio Marechal Rondon durante a comissão para a instalação telegráfica no século 20- e os oito primeiros quilômetros da Estrada de Ferro Madeira-Mamoré, em Porto Velho, faziam parte da lista de tombamentos federais no Livro do Tombo Histórico do Iphan.
De acordo com o instituto, o tombamento é resultado de um processo de interesse coletivo em conservar a memória expressa nesses bens culturais e está previsto em lei brasileira desde a constituição de 1934. “O tombamento nada mais é do que o instituto jurídico que determina a proteção nacional dos bens culturais e estabelece regras de que forma dará a tal proteção”, explica o superintendente do Iphan em Rondônia.
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