MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

quinta-feira, 12 de julho de 2012

Saldo comercial de MT representa 91% da balança brasileira até junho


Exportações cresceram 39,37% no primeiro semestre de 2012 no estado.
Enquanto isso, importações recuaram 15% até o mês de junho.

Leandro J. Nascimento Do G1 MT

Soja no Porto de Paranaguá (Foto: Divulgação/Appa)Soja exportada movimentou US$ 4,3 bilhões
(Foto: Divulgação/Appa)
Mato Grosso encerrou o primeiro semestre do ano registrando alta no volume de negócios internacionais. As exportações cresceram 39,3% puxadas especialmente pelo agronegócio e atingiram a cifra de US$ 7,112 bilhões ante os US$ 5,103 bilhões registrados no igual intervalo de 2011. O resultado deixou o estado na sexta posição nacional, fazendo-o avançar uma 'cadeira' na casa dos maiores vendedores. Era o sétimo do país.
As constatações fazem parte do balanço sobre as exportações do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (Mdic), divulgado nessa quarta-feira (11). Em seis meses Mato Grosso desfruta de uma posição confortável e lidera as exportações da região Centro-Oeste à frente de Goiás (US$ 3,3 bilhões), Mato Grosso do Sul (US$ 1,9 bilhão) e Distrito Federal (US$ 109 milhões).
Gemelli Lyra, analista de conjuntura econômica do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), destaca que a curva ascedente nas exportações realizadas por Mato Grosso e recuo de 15% nas importações estaduais no mesmo período favoreceu o saldo da balança comercial (a diferença entre as vendas e as compras). Entre um ano e outro tornou-se quase 50% (48,8%) maior, passando de US$ 4,3 bilhões para US$ 6,4 bilhões.
"Contribuímos com o saldo da balança comercial brasileira que se tornou 45% inferior em relação a 2011. Caiu de US$ 12 bilhões para US$ 7 bilhões. Assim, houve um desempenho negativo no cenário nacional", pontuou a especialista. Ao final deste primeiro semestre o saldo da balança comercial mato-grossense representou 91% do saldo brasileiro.

O agronegócio permanece soberano ocupando posição de destaque na pauta comercial. A soja - atualmente cultura considerada carro-chefe da economia - respondeu por mais de 50% de todas as operações realizadas no período. Ou seja, de tudo aquilo que a unidade federada embarcou entre janeiro e junho foram 61% somente com a oleaginosa. As exportações deste produto somaram US$ 4,3 bilhões.
A venda de bagaços e resíduos sólidos rendeu ao estado cifras na ordem de US$ 972,7 milhões, elencou o Mdic. Cleber Noronha, analista de mercado do Imea, ressalta que os embarques frequentes de soja pelo estado estão associados à disponibilidade de produto. "Ainda temos produto e nossa soja está em um momento bom com alto valor e disponibilidade", pontuou o especialista do Instituto Mato-grossense.
À lista dos itens mais embarcados pelo estado está também o algodão (US$ 323 milhões) que respondeu por 4,5% das operações totais; óleo de soja (US$ 317,7 milhões) com 4,47% de participação e as carnes (US$ 269,7 milhões), com 3,79%.
DestinoPrincipal comprador da matéria-prima mato-grossense, a China adquiriu neste período 46% de tudo o que o estado remeteu ao exterior. A importação por este país somou US$ 3,2 bilhões. Em seguida apareceram a Holanda, com US$ 559,2 milhões, e Espanha, atualmente em US$ 410,7 milhões.

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