Barragem de Mirorós praticamente secou e água precisou ser racionada.
Perímetro irrigado tem 1.580 hectares e emprega 2,5 mil trabalhadores.
A barragem de Mirorós encolheu mais de 90%. A água já desceu 34 metros na escala que mede o nível do reservatório. Para não deixar mais de 350 mil pessoas com sede, não sai mais água da barragem para irrigação enquanto não chover.
Agora, os produtores de banana dependem de poços artesianos. Mas só os lotes acima de 30 hectares conseguem produzir a plena carga. O poço que o agricultor Edmar Nunes tem na área garante a irrigação do bananal, onde a colheita é feita duas por semana.
Mas a realidade é outra para a grande maioria dos produtores do perímetro irrigado. Os 201 lotes de cinco hectares são irrigados por poços coletivos, administrados pela Codevasf, Companhia de Desenvolvimento do Vale do São Francisco. A vasão dos poços artesianos abastece apenas 1/3 do perímetro irrigado em dias alternados. Mas como a bananeira depende de bastante água para produzir, a banana não se desenvolveu na maioria dos lotes.
O agricultor José Adelson Silva, que colhia uma média de sete toneladas de banana por mês, passou a colher menos de duas toneladas da fruta. “Meu faturamento bruto que girava em torno de R$ 4 mil a R$ 5 mil por mês passou para menos de R$ 1 mil por mês”, avalia.
A produção caiu uma média de 50% nos lotes que dependem dos poços coletivos. O perímetro irrigado de Mirorós tem 1.580 hectares e emprega 2,5 mil trabalhadores. Mais de mil já foram dispensados.
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