Entidade alega que falta de neonatologistas afeta atendimento no hospital.
Caso CRM aceite pedido, médicos serão impedidos de trabalhar no local.
O presidente do sindicato, Gutemberg Fialho, disse ao G1 que atualmente há seis neonatologistas trabalhando no hospital e que seriam necessários, no mínimo, onze.
“Desse total, quatro são do quadro da Secretária de Saúde e dois são contratados temporariamente, com contrato que vence em setembro. Nós entregamos as escalas do hospital para o CRM. Elas mostram vários dias sem neonatologista. Não é uma ausência imprevista, ela está na escala. Os médicos estão no limite para prestação de horas extras”, disse Fialho.
A Secretaria de Saúde informou, em nota, que ainda não foi notificada oficialmente sobre o pedido de interdição da unidade de neonatologia do Hospital Regional de Santa Maria.
De acordo com o Sindmédico, a falta de neonatologistas está comprometendo o atendimento pediátrico no hospital, já que os profissionais teriam que deixar o pronto-socorro para atender recém-nascidos em estado grave.
“O neonatologista é o especialista que acolhe o bebê após o nascimento. O obstetra faz o parto e entrega o recém-nascido para o neonatologista. Quando uma criança nasce com algum problema, em estado grave, e não há esse especialista para dar o suporte é necessário chamar o pediatra que está de plantão no pronto-socorro e nem sempre ele está disponível. Além disso, os pediatras não são treinados para dar essa assistência ao recém-nascido, essa não é a especialidade deles”, explica Fialho.
Por meio de nota, o conselho informou que vai visitar o hospital na quinta-feira (26) para avaliar o atendimento na unidade. Após a vistoria, o departamento de fiscalização vai emitir um relatório que será encaminhado para apreciação no plenário CRM.
Caso o Conselho Regional de Medicina aceite o pedido de interdição ética, os médicos serão proibidos de trabalhar no Hospital de Santa Maria até que as condições ideais sejam restabelecidas.
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