Sindicato Médico defende ampliação de vacinação contra gripe A no RS

Simers garante que há prazos para aplicar vacina contra gripe A H1N1.
Na sexta (20), Ministério da Saúde descartou imunização total no Brasil.

Do G1 RS

O Sindicato Médico do Rio Grande do Sul (Simers) defendeu em nota divulgada neste domingo (22) a ampliação com urgência da vacinação contra a gripe A H1N1. O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, descartou na última sexta-feira (20) a imunização de toda a população porque não há possibilidade de epidemia, nem mesmo na Região Sul. O Simers alerta para o número de mortes no estado, que chegou a 38 no levantamento divulgado na quinta-feira (19) pela Secretaria Estadual de Saúde.

"Estamos no auge do inverno e de contágio. Há prazo para aplicar a vacina, sim. Não precisa ter epidemia para tomar a decisão. Está em jogo a proteção de vidas", reforçou a vice-presidente do sindicato, Maria Rita de Assis Brasil. Mesmo que não libere as vacinas, o sindicato reivindicao envio de mais doses. "O governo altera a conduta a todo momento. O que perdemos em não ampliar definitivamente a vacinação?", aponta a médica. Pelo menos 80% dos casos de óbito no Rio Grande do Sul estão fora dos grupos alvo de imunização.
O Ministério da Saúde reforça como principal orientação o uso do antiviral oseltamivir em pacientes, assim que surgirem os primeiros sintomas da doença. Em nota, os médicos gaúchos alertam o fato de que o vírus da Gripe A H1N1 tem maior incidência do que outras modalidades de Influenza.
Na sexta-feira (20), integrantes das Câmaras Técnicas de Emergência, Infectologia e Pediatria do Conselho Regional de Medicina do Rio Grande do Sul (Cremers) se reuniram para analisar os casos de gripe  e elaboraram uma lista de recomendações. Entre elas, está a defesa de que a política de vacionação deve ser priorizada nos três estados da Região Sul.