Volkswagen lança os novos Gol e Voyage

 

DIEGO ORTIZ
Frente de Fox e traseira de Polo europeu. Essa foi a receita escolhida pela Volkswagen na reestilização do Gol, carro mais vendido do Brasil há 26 anos seguidos. Lançado em 1980, o hatch está na quinta geração, e ganhou um eficiente “tapa” de meia vida para encarar com ainda mais força os rivais, que são muitos. De 11 em 2002, foram para 22 no ano passado e há outros a caminho, como o Hyundai HB e o Toyota Etios, prestes a chegar.

A partir de R$ 27.990, o Gol ganha a companhia do Voyage na plástica, que exibe a mesma frente – a traseira é similar à do Jetta – e preço inicial de R$ 29.990. Os dois com motor 1.0.

Com o 1.6, o preço do Gol salta para R$ 31.890 e o do Voyage, para R$ 34.590. Com câmbio automatizado, são, respectivamente, R$ 34.490 e R$ 37.190. O motor “maior” não recebeu atualizações. Gera 104 cv e 15,6 mkgf com etanol.
O 1.0 ganhou alterações para ficar mais econômico. Produz os mesmos 76 cv e 10,6 mkgf, mas agora há soluções técnicas vindas do pacote Bluemotion, inéditas na linha.

Chamado de TEC, o motor tem novo coletor de admissão, camada de carbono nas saias dos pistões, injetor com melhorias e sistema de ignição com mais energia na centelha. Isso diminuiu em até 4% o consumo de combustível (8% no total com o pacote Bluemotion completo) e deixou o torque um pouco superior antes das 3 mil rpm, segundo informações da fabricante.
Não que o VW tenha passado a subir ladeiras com o vigor de um garoto atrás de pipas, mas deu para perceber maior disposição ao esticar a segunda marcha.

De resto, no comportamento dinâmico o Gol (e também o Voyage) continua eficiente. A direção é certinha e a suspensão bem calibrada que solta um pouca a frente no limite e deixa curvas mais fechadas bem divertidas de contornar.
Outro aspecto interessante nos “novos”modelos é o pioneiro uso de garrafas PET recicladas para fazer o estofamento.
A lista de equipamentos de série cresceu e tem como novidades vidros dianteiros elétricos, travamento central e abertura interna do porta-malas.
No fim, a impressão que dá é que se o Gol fosse um membro da família, ele seria aquele tio que já não conta histórias novas, mas que está feliz com o implante de cabelo e é um cara em que todo o mundo pode confiar.