Estudante diz que já estaria formado se não fosse a paralisação.
Professores ainda não têm previsão de retomar atividades.
"Tenho dúvida em relação ao que vai acontecer daqui para frente. A gente não tem ideia de como vai ficar o calendário", disse o universitário. Assim como Igor, Flávio Henrique Muniz se sente prejudicado. Ele não sabe como fazer para terminar o trabalho de conclusão do curso. "Não temos acesso à biblioteca e não conseguimos nos comunicar com o orientador. Isso dificulta muito porque para fazer um estudo dessa profundidade sozinho", reclamou.
O reitor em exercício da UFMT, Francisco Souto, afirmou que uma greve sempre tem consequências. "Quando se tem um movimento de paralisação sempre tem algum prejuízo para algum setor ou alguma camada da população. O que nos resta a fazer nesse momento, além de resolver alguns problemas pontuais, é esperar que o movimento grevista termina para que a gente possa recuperar as perdas da melhor maneira possível", disse.
A última reunião dos grevistas com o governo federal foi no início deste mês. Os professores alegam que um acordo não foi firmado porque a proposta apresentada pelo governo não atendeu as principais reivindicações da categoria. De acordo com um dos organizados do movimento, o professor Maurélio Menezes enfatizou que os maiores interessados em que a greve termine são os professores e os alunos. "Queremos que o governo retome as negociações. Faça a proposta dele, ouça a nossa contraproposta e vamos chegar a um denominador comum. A greve só vai terminar quando isso acontecer", declarou.
Em assembleia realizada nesta terça-feira (21), técnicos administrativos da UFMT decidiram aceitar a proposta do governo de um reajuste salarial de 15% em três parcelas anuais e terminar a greve. Eles devem retornar ao trabalho na próxima semana. No entanto, ainda dependem do aval da Federação de Sindicatos de Trabalhadores das Universidades Brasileiras (Fasubra).
Aos professores, o governo ofereceu reajuste de 45% em três anos e uma elevação do piso salarial de 25%. A proposta, porém, ainda não foi aceita. Segundo o Ministério do Planejamento, é a melhor proposta que a categoria pode receber em relação à atual situação econômica do país.
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