MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

quarta-feira, 8 de agosto de 2012

Ar-condicionado é vilão para respiração no AM, diz otorrino


Segundo otorrino, pacientes com rinites alérgias aumentaram no estado.
Fenômeno El Niño é responsável pelo ar seco vigente na região Amazônica.

Girlene Medeiros Do G1 AM

Cerca de 80% dos pacientes com asma já enfrentaram crises de rinite (Foto: ilustrativa / Jupiterimages BananaStock)Para otorrino, ar condicionado é considerado vilão
(Foto: ilustrativa / Jupiterimages BananaStock)
O fenômeno climático El Niño está afetando a Amazônia desde julho deste ano. O ar seco causado pelo fenômeno climático proporciona cenário favorável a ocorrência de incêndios florestais. No organismo humano, a reação acontece no aparelho respiratório que fica mais sensível e propenso ao desenvolvimento de rinites e sinusites. As doenças também podem estar relacionadas ao uso de condicionadores de ar que reproduzem o ar seco de maneira artificial.
O ar-condicionado é bastante utilizado pelos amazonense para conter as altas temperaturas. O problema, segundo o otorrinolaringologista Eduardo Kaurffman, é que o aparelho proporciona as desvantagens do tempo seco de maneira artificial. “O ideal é que as pessoas não usem ar-condicionado porque a circulação de ar é impedida”, ressaltou.
Apesar do alerta, a bacharel em Direito, Andréa Tavares, não dispensa o uso do equipamento. “Não é questão de gostar, é necessidade. Sem ar-condicionado não existe dormir. Ainda tive problema respiratório, mas presencio o desentendimento eterno entre meu pai e minha mãe porque um não gosta do aparelho”, disse.
O uso de vasilhas com água para amenizar a baixa umidade de um local fechado com ar-condicionado não chega a surtir muito efeito, segundo Kaurffman. “O uso prolongado fragiliza o sistema imunológico principalmente de alérgicos, idosos e crianças. Pelo menos, 50% dos atendimentos mensais no meu consultório estão relacionados a pessoas que desenvolveram alguma rinite após o ar se tornar mais seco”, afirmou Kauffman.
O otorrino afirma que o ar ressecado altera o funcionamento da mucosa nasal e afeta os seios da face, obrigando o aparelho respiratório a trabalhar mais. Com o tempo seco, as defesas das vias áereas diminuem e as narinas ficam suscetíveis a doenças ocasionadas por bactérias ou vírus. “O aparelho respiratório não consegue fazer a troca de gases direito e tem que fazer um esforço redobrado”, afirmou o médico.
De acordo com a chefe do 1º Distrito do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), Lúcia Gularte, a umidade relativa do ar no Amazonas em tempos normais é de 70%. Menos que isso, a respiração já começa a perceber a mudança. “Nenhum ser vivo está adaptado a viver em clima seco demais. Pelo menos, nos próximos dois meses, teremos a continuação desse tempo seco”, explicou a meteorologista.

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