MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

sábado, 11 de agosto de 2012

Caminhões estão envolvidos em 24% das mortes no trânsito, diz Detran-RS


De acordo com a PRF, motivo são as horas do motorista ao volante.
Sindicato condiciona acidentes ao mau estado das estradas gaúchas.

Do G1 RS com informações da RBS TV
Os caminhões não representam nem 5% da frota dos veículos no Rio Grande do Sul, mas estão envolvidos em 24% dos acidentes com morte. O cansaço e as longas viagens são apontados como as principais causas.
Segundo levantamento divulgado pelo Departamento de Trânsito do Rio Grande do Sul (Detran-RS), dos mais de 900 acidentes com morte no estado de janeiro a junho deste ano, 219 envolveram pelo menos um caminhão. De acordo com a Polícia Rodoviária Federal, o principal motivo é a quantidade de horas do motorista ao volante. "A gente acredita que é o excesso de trabalho a que os motoristas são submetidos. São muitas horas e muitas vezes eles ganham por produtividade", aponta Antônio Marcos Martins Barbosa, chefe de Policiamento e Fiscalização da PRF.

O Sindicato das Empresas de Transporte de Cargas e Logística (Setcergs) diz que os motoristas têm responsabilidade, mas atribui o alto número de acidentes às condições das estradas gaúchas. "Nós atribuímos que grande parte disso se deve à falta de infraestrutura que nós temos nas nossas rodovias, essencialmente à falta de duplicação das estradas", avalia o vice-presidente Frank Woodhead. "A responsabilidade é individual, é pessoal, é intransferível do condutor do veículo, no que tange à velocidade, aos cuidados prevencionistas", contesta Ildo Mário Szinvelski, diretor técnico do Detran-RS.
O que poderia ajudar a diminuir o número de acidentes é o cumprimento da lei federal que entrou em vigor em junho e regulamenta a profissão dos transportadores. A legislação prevê uma pausa a cada quatro horas de viagem, intervalo para refeições e descanso diário de 11 horas por dia.

A fiscalização começa em setembro, mas grande parte dos caminhoneiros acredita que não será possível cumprir as exigências. "O Brasil começou a ter um aperto no tempo de entrega nas peças, que é impossível de cumprir se não viajar 24 horas", Paulo Roberto Barck, presidente do Sindicato dos Empregados em Transporte Rodoviário de Cargas no RS.
No final de julho, a categoria fez protestos contra a nova lei, que, segundo o diretor do Detran, ainda precisa de ajustes. "É necessária a adequação da norma federal com locais de descanso adequados, para que ele possa colocar o seu caminhão e descansar", pondera Ildo Mário Szinvelski.
No estado, 85% das cargas são transportadas pelas rodovias. No Brasil, o índice é de 68%.

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