MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

sábado, 25 de agosto de 2012

Detentos participam de mutirão de limpeza em escola de Curitiba


Projeto convidou 18 presos para trabalhos de capina, roçada, entre outros.
Colégio Estadual Guido Straub é o primeiro de nove a receber o mutirão.

Ariane Ducati Do G1 PR

Mutirão na Colégio Guido Straub (Foto: Ariane Ducati/G1)Corte de grama, roçada e capina estão entre as tarefas dos
presos (Foto: Ariane Ducati/G1)
O Colégio Estadual Guido Straub, no bairro Mercês, em Curitiba, abriu as portas neste sábado (25) para receber o primeiro mutirão de limpeza realizado por presos da Colônia Penal de Piraquara, na Região Metropolitana de Curitiba. Para o trabalho de capina, roçada e conservação da escola foram chamados 18 detentos do regime semiaberto.

O projeto ‘Trabalho - o caminho que liberta – escola cidadã’, da Secretaria de Estado da Educação em parceria com a Secretaria de Estado da Justiça, Cidadenia e Direitos Humanos deve passar por outras nove escolas de capital nos próximos sábados e assim, dar a oportunidade do preso ser reinserido na sociedade através da atividade.

“Esse projeto não prevê só a melhoria do local de estudo, ele prevê também a questão do trabalho do apenado. Porque a gente entende que só através do trabalho e da educação ele consegue ter uma reinserção perfeita na sociedade”, comentou o Coordenador do Programa de Desenvolvimento Integrado de Cidadania, da Secretaria de Estado e Justiça, Ilton Ferreira Mendes Junior.
Detentos do regime semiaberto trabalham no mutirão de limpeza da escola (Foto: Ariane Ducati/G1)Detentos do regime semiaberto trabalham no mutirão de
limpeza da escola (Foto: Ariane Ducati/G1)
Um dos presos que participa do mutirão contou ao G1 quando soube da oportunidade de trabalho, nem sabia do que se tratava e logo aceitou o convite. “Já ganha uma remissão na pena, mas o importante é sair do ambiente que a gente estava e estar ajudando. (...) A gente tem que trabalhar até provar pra sociedade que nem todo mundo continua do mesmo jeito”, contou o rapaz de 30 anos que cumpre pena de seis anos por assalto.

Cada três dias de trabalho nos mutirões das escolas valem um a menos na pena dos presos. O projeto também se estende a detentos que estão em regime fechado na Penitenciária Central do Estado (PCE), também em Piraquara. Estes vão reformar as carteiras escolares.

Para a diretora do Colégio Guido Straub, Rosália de Mello, receber os detentos para o primeiro mutirão foi uma ajuda e tanto. A escola conta com apenas um funcionário para a manutenção e não consegue lidar com a demanda de limpeza do gramado, e de todo espaço. “Fico ainda mais feliz porque sempre acreditei como educadora na reeducação. Deixar o preso atrás das grades é ruim, pois ficam aprendendo coisas piores. E aqui estamos reeducando eles. Não é só benefício para o colégio, mas também dá a oportunidade de ressocializar o preso”.

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