MEDIÇÃO DE TERRA

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terça-feira, 14 de agosto de 2012

DF tem 1 escola entre as 500 melhores públicas avaliadas pelo MEC


Sob gestão do Exército, Colégio Militar conseguiu melhor nota do DF no Ideb.
Melhor escola pública administrada pelo GDF aparece em 689ª no ranking.

Jamila Tavares Do G1 DF

Fachada do Colégio Militar de Brasília (Foto: Maricélia P. de Oliveira / Divulgação)Fachada principal do Colégio Militar de Brasília
(Foto: Maricélia P. de Oliveira / Divulgação)
O Distrito Federal tem apenas uma escola pública entre as 500 melhores analisadas pelo Sistema Nacional de Avaliação da Educação Básica (Saeb), do Ministério da Educação, no ano passado. De acordo com dados divulgados pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) nesta terça-feira (14), o Colégio Militar de Brasília (CMB) é a 21ª melhor instituição pública do país entre as mais de 30 mil escolas pesquisadas.
O ranking considera os resultados obtidos por alunos do 9º ano do ensino fundamental.
Com nota de 6,7 no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), o CMB conseguiu superar a meta de 6,4 estipulada pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) para os alunos da série no ano passado.
A escola é administrada com recursos do Exército e não integra oficialmente a rede pública de ensino do Distrito Federal. Entre as unidades da rede, a mais bem colocada é o Centro de Ensino Fundamental Polivalente – com índice de 5,6 – e o Colégio Militar Dom Pedro II, que é vinculado ao Corpo de Bombeiros e também tirou nota 5,6. No ranking nacional, elas aparecem na 689ª e na 690ª posição, respectivamente.
É um resultado que não corresponde com o potencial do DF. É muito mais reflexo de um período lamentável que passamos do que propriamente a realidade da educaçäo aqui"
Agnelo Queiroz, governador do DF
A escola pública com a nota mais baixa do DF é o Centro Educacional 06 de Ceilândia, que teve índice de 2,4, abaixo da meta estipulada pelo Inep para a instituição, 3,2.
Em seguida aparecem o Centro Educacional 123 de Samambaia Sul, o Centro de Ensino Médio Stella dos Cherubins Guimaraes Trois, que fica em Planaltina, e a Escola Classe 60 de Ceilândia, todos com índice de 2,5.
O governador do DF, Agnelo Queiroz, afirmou que os resultados ainda não refletem os investimentos feitos pela sua gestão na área.
"Com a tradição que o DF tem, é claro que já podia ter mais escolas melhores colocadas. Não tenho dúvida que as análises já feitas em 2011 e 2012 já vão ser bem melhores, pelo investimento que estamos fazendo, contratação de grande número de professores, da valorização das escolas, investindo no ensino infantil. É um resultado que não corresponde com o potencial do DF. É muito mais reflexo de um período lamentável que passamos do que propriamente a realidade da educação aqui", afirmou Agnelo.
O secretário de Educação, Denilson Bento, disse que o resultado das escolas do DF no Ideb serve como um alerta para a necessidade de melhorias na qualidade na educação. Bento tambéma afirmou que, com os investimentos que estão sendo feitos, os índices das escolas do Distrito Federal serão melhores nas próximas avaliações.
"É importante falar que esses índices são referentes aos anos de 2009 e 2010, que são refletidos nos resultados de 2011 e que a próxima avaliação será feita em 2013 (...) Hoje esses índices não refletem o investimento que está sendo feito na educação. Esse reflexo só será dado em 2013, 2014. A gente sabe que a educação é dinâmica, ela precisa desse tempo", disse o secretário.
Na média, as escolas do Distrito Federal ficaram abaixo das projeções estabelecidas pelo Inep para 2011. A meta geral era de 3,9, mas o DF manteve a nota obtida na edição de 2009 do exame, 3,8.
Observadas de forma isolada, as instituições da rede privada e da rede pública também tiveram resultados aquém do previsto pelo governo federal. Para a rede privada, a projeção era de 6,1, mas a nota obtida foi de 5,6. Para as escolas da rede pública, a previsão era de índice de 3,3, mas a média ficou em 3,1.
A instituição pública com a melhor nota no ano passado fica em Pernambuco e teve índice de 8,1. A pior fica em Salvador e teve nota de 0,1.
Como é feita a avaliação
O Saeb é composto por dois exames diferentes: a Avaliação Nacional da Educação Básica (Aneb) e a Avaliação Nacional do Rendimento Escolar (Anresc), que recebeu o nome de Prova Brasil.
A Prova Brasil é aplicada exclusivamente na rede pública – rural e urbana –, e testa alunos de 5º e 9º anos do fundamental público de todas as escolas que tenham no mínimo 20 alunos matriculados na série avaliada, de acordo com dados do Censo Escolar.
Já a Aneb é aplicada para uma amostra complementar à da Prova Brasil, onde estudantes são selecionados em três categorias: escolas públicas que oferecem aulas do 5º e do 9º ano do fundamental e tenham entre dez e 19 alunos matriculados em cada uma destas séries; escolas particulares que oferecem aulas do 5º e do 9º ano do fundamental e tenham mais de 19 alunos matriculados em cada uma destas séries; escolas públicas e privadas que oferecem aulas do 3º ano do ensino médio e tenham dez ou mais estudantes matriculados nesta série.
Os dois exames, que avaliam os conhecimentos dos alunos em matemática e língua portuguesa, são aplicados a cada dois anos e oferecem os dados usados pelo Saeb para definir indicadores como o Ideb.
Em 2011, o Inep também aplicou uma edição especial da Prova Brasil para os municípios que não têm escolas com pelo menos 20 matrículas em cada uma das séries avaliadas, mas tinham, na soma total de escolas públicas, pelo menos 10 matrículas.
De acordo com o Inep, 328 municípios brasileiros preenchiam este requisito no ano passado e poderiam participar da prova para entrar, pela primeira vez, nos cálculos do Ideb. As três provas foram aplicadas entre os dias 7 e 18 de novembro de 2011.

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