MEDIÇÃO DE TERRA

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quinta-feira, 2 de agosto de 2012

Duda Mendonça viajará durante julgamento, diz defesa do publicitário


Folha Vitória
Agência Estado
Redação Folha Vitória
Salvador - Decidido a não se manifestar sobre o mensalão, o publicitário Duda Mendonça vai acompanhar à distância o julgamento do caso pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Segundo um de seus advogados, Antônio Carlos de Almeida Castro, conhecido como Kakay, o publicitário manterá a rotina das últimas semanas, de viagens entre suas propriedades na Bahia e no Pará, durante o julgamento. "Se necessário, vamos manter contato por telefone, mas não acredito que será preciso", diz. "Nossa defesa está estruturada e não deve haver novidades."

Kakay vai ter a companhia do advogado Luciano Feldens na defesa de Duda e de sua sócia, Zilmar Fernandes Silveira. Eles são acusados, pela Procuradoria-Geral da União (PGU), de lavagem ou ocultação de dinheiro, evasão de dividas e gestão fraudulenta, depois de admitir ter recebido cerca de R$ 10 milhões em uma conta no exterior. O valor, que seria proveniente do chamado valerioduto, era uma parcela do pagamento ao publicitário pela campanha de Luiz Inácio Lula da Silva à presidência, em 2002.

A defesa de Duda vai argumentar que o publicitário não tem relação com o mensalão, por não estar inserido no esquema de compra de apoio político apontado pela PGU. Além disso, vai alegar que as acusações de lavagem de dinheiro e evasão de divisas não procedem, já que o publicitário não teria como saber a origem dos recursos e não ter sido ele, mas o também publicitário Marcos Valério, o responsável do envio do montante para o exterior.

Um trecho das alegações finais entregues pelos advogados ao STF diz que os valores foram "produto de trabalho licitamente prestado", fruto de "contrato formal". "Não existe 'lavagem' de dinheiro limpo", diz o texto. "Duda apenas recebeu o pagamento dos serviços prestados da forma como determinou o contratante, que estava inadimplente", afirma Kakay.

O advogado acrescenta que as transações não foram ocultadas. "As contas foram abertas nos nomes deles (Duda e Zilmar) e as transações foram feitas pessoalmente", diz Kakay. De acordo com ele, a conta aberta por Duda no exterior para receber os valores já foi fechada.

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