MEDIÇÃO DE TERRA

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quinta-feira, 9 de agosto de 2012

Embrapa investe na retomada do cultivo de mamona em Vilhena, RO


O município foi um dos maiores produtores do país até o final dos anos 90.
Variedades geneticamente modificadas facilitam a colheita.

Flávio Godoi Do G1 RO

Vicente Godinho, da Embrapa em Vilhena, aposta em variedade de menor porte (Foto: Flávio Godoi/G1)Vicente Godinho, da Embrapa em Vilhena, aposta em variedade de menor porte (Foto: Flávio Godoi/G1)
A chamada era de ouro do cultivo de mamona no Sul de Rondônia e Norte de Mato Grosso pode estar prestes a renascer. Pelo menos essa é a aposta das pesquisas realizadas pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) em Vilhena, RO, nos últimos meses.
O cultivo teve seu auge nos anos 1980 quando os municípios de Campos de Júlio e Comodoro, em Mato Grosso, e Vilhena foram considerados os três maiores produtores do país. Porém, no final da década seguinte a falta de investimentos do governo e a queda nos preços devido à grande oferta decretaram, praticamente, o fim da atividade na região.
De alto valor oleaginoso a mamona é responsável pela produção do um óleo nobre, que, diferente da soja, pode ser empregado em diversos segmentos, conforme explicou o pesquisador da Embrapa Vilhena, Vicente Godinho.
“É um desperdício utilizar o óleo nobre da mamona apenas para a produção de biodiesel, quando ele é eficiente como fertilizante para nematoides da soja, milho, algodão e café, e como matéria prima de componentes industriais automobilísticos”. De acordo com Vicente há uma grande procura do óleo de mamona como principal item de anti-congelamento de combustível de aviões.
Ela é uma cultura que não compete com a soja. Consome pouca água e se adéqua principalmente no clima do Cerrado da qual Vilhena está inserida"
Vicente Godinho, pesquisador da Embrapa
No campo experimental da Embrapa em Vilhena, a mamona é plantada em duas variedades geneticamente modificadas para facilitar a colheita de forma mecanizada, bem como aumentar a produção por planta. “Temos as de tamanho convencional, que chegam até a cinco metros de altura, para colheita manual e as de tamanho menor, com pouco mais de um metro ideal para a colheita com máquinas”, disse Godinho.
Fonte alternativaSegundo o pesquisador, os experimentos com as plantas de tamanho reduzido estão sendo feitos para motivar os produtores a investirem no segmento como fonte alternativa de renda.
“Ela é uma cultura que não compete com a soja, já que é plantada em época diferente. Consome pouca água e se adéqua principalmente no clima do Cerrado da qual Vilhena está inserida”.
O programa de melhoramento da planta em Vilhena é uma extensão do projeto original criado no estado da Paraíba.

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