MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

domingo, 19 de agosto de 2012

Empresários investem em bonecos e árvores de garrafa pet para o Natal


Fabricantes já estão a todo vapor para se destacar no mercado.
Produtos personalizados e qualidade driblam concorrência dos importados.

Do PEGN TV

Fabricantes de produtos natalinos já estão a todo vapor para se destacar no mercado. As empresas investem em produtos personalizados e qualidade para driblar a concorrência dos importados.
A produção da fábrica do empresário Marlon Fernandes caminha em ritmo acelerado. Por lá, já é Natal. A empresa faz enfeites natalinos há mais de 20 anos. São árvores, guirlandas e festões, de várias cores, tipos e tamanhos.
São 15 funcionários que produzem, em média, 5 mil árvores de Natal por mês. No segundo semestre do ano, a produção dobra e funcionários temporários são contratados para atender a demanda. “A partir desse momento é que começa a produção em cima de pedidos”, diz o empresário.

A matéria-prima é de garrafa pet reciclada. A fabricação das árvores começa pela montagem dos galhos. Nos arames são colocados fios de plástico. A produção manual predomina. Em seguida, vem a pintura das hastes. O funcionário passa o galho na massa corrida. É o truque para dar a impressão de neve.
“Nós trabalhamos hoje com mais de dez modelos diferentes de árvores, desde as mais baratas até as mais caras. Modelos populares até os modelos mais sofisticados. Representam hoje em torno de 70% a 80% do faturamento da empresa”, diz Fernandez.

Os preços variam conforme o tamanho e o modelo. A miniárvore é a mais barata, sai a partir de R$ 2. Modelos maiores, de até 3 metros, custam até R$ 600.

Para alavancar as vendas, o empresário apostou numa novidade neste ano e lançou a árvore econômica. “É uma árvore que a gente acaba economizando no material, reduz a quantidade de galhos, a largura, e a gente acaba tendo uma economia em torno de 15% e 20% dos modelos tradicionais”, diz.

O faturamento anual da empresa é de R$ 500 mil. Agora, Fernandes espera driblar a concorrência dos produtos importados e projeta um crescimento de 20% nos negócios.

“Para concorrer com o produto chinês, nós optamos pela diferenciação em produtos, em atendimento. É onde a gente ainda consegue ter uma sobrevida. Trabalhar com artigo natalino é como você fazer um investimento a médio prazo, porque você investe durante 12 meses e só após os 12 meses é que você vai saber se o seu investimento resultou em lucro ou prejuízo”, revela.
BonecosA fábrica de bonecos de Natal do empresário Jonas Bezerra também está a pleno vapor. No segundo semestre do ano, o número de empregados aumenta mais de três vezes. São 30 funcionários para dar conta das encomendas que enchem os olhos dos clientes.

Os bonecos fabricados formam uma orquestra com personagens que dançam, cantam e se movimentam. Na verdade, eles são robôs. Atrás fica a central que comanda tudo. Na frente dá para ver como eles são por dentro: o esqueleto dos robôs, aço e fibra de vidro. O que faz o movimento são pequenos motores, igual ao motor de um limpador de para-brisas de carro, por exemplo. Um deles, por exemplo, faz o movimento de um lado para o outro com o braço, para o personagem do papai Noel regendo a orquestra.
Bezerra é engenheiro mecatrônico, uma junção entre a mecânica e a eletrônica. É ele quem desenvolve os bonecos em tamanho real. E o empresário começou com pouco dinheiro: R$ 15 mil, para comprar uma máquina de solda, uma de corte, uma esmerilhadeira e ferramentas. Jonas trabalhava numa empresa de automação. Em 2009, largou o emprego e arriscou no negócio.

“A primeira encomenda, assim que o cliente fechou o pedido, eu pedi 50% de sinal e com esse 50% eu comprei matéria-prima para poder fazer o produto, o pedido. Depois, no ato da entrega, a gente recebeu o restante. Depois desse pedido eu comecei a ter um capital de giro. Não precisei mais do cliente me dar essa entrada inicial para executar o produto”, explica.

Tudo começa no molde dos bonecos. Ele é feito de argila, pelas mãos do artista plástico Douglas Gonçalves. “Um material natural fácil de trabalhar, tem um custo relativamente baixo e você consegue dar versatilidade à gama de material de plástica. Você trabalha com molde frio que fica um tanto quanto mais barato e você pode sempre estar trocando, alterando, mudando, fazendo sempre peças novas”, explica o artista.

Enquanto isso, a fábrica prepara o esqueleto dos bonecos. A fibra de vidro envolve todo o esqueleto. Eles colocam uma camada de manta e a roupa: botas, calça, paletó, gorro, barba e óculos.

O diferencial da empresa está na hora de programar os movimentos. O empresário desenvolveu um sistema que repete e grava tudo o que ele faz. O sistema funciona com um sensor e uma placa de circuito elétrico. Bezerra vai mexendo os dedos de acordo com a fala e a música que o cliente encomenda.
Tudo organizado, afinado, a orquestra começa. Os braços, corpo e boca dos bonecos se movimentam, e eles cantam, dançam.

O empresário descobriu um filão de negócio. O preço médio de um boneco desses é de R$ 2.600, mas pode chegar a R$ 17 mil. No último ano, a empresa aumentou quatro vezes de tamanho. A previsão é faturar R$ 1,2 milhão até o Natal de 2012.

“A produção está a todo vapor. A expectativa deste ano é vender mais de 300 bonecos. Nós já temos encomendados para entrega mais de 50 bonecos. E também não é só ficar no ramo de Natal, nós estamos colocando no mercado manequins com movimento, que é uma grande sacada de vender muito mais produtos para os lojistas”, diz.

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