MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

domingo, 5 de agosto de 2012

Empresas brasileiras se destacam na indústria de plástico


Mesmo com concorrência da China, fábricas investem em novidades.
Exemplo são caixas de correio feitas de plástico.

Do PEGN TV
Mesmo com a concorrência da China, empresas brasileiras conseguem se destacar na indústria de plástico. As fábricas investem em novidades e fabricam produtos para decorar as casas. Um exemplo são as caixas de correio feitas de plástico, mas que parecem de metal.
Recessão, concorrência chinesa, crise da indústria brasileira? Que nada, a fábrica de plástico do empresário José Alves mostra como dar a volta por cima e cresce 15% ao ano.
“O único jeito de dar a volta por cima é trabalhar, é ter produtos de qualidade e produtos honestos. Esse é o jeito de você estar sempre dando a volta por cima, inovando sempre que for necessário através de tecnologia, maquinário moderno. A tecnologia é o que manda, se você tem a tecnologia você vai ter sempre produtos de ponta”, avalia Alves.
A empresa descobriu a palavra-chave para se dar bem nesse mercado: inovação. Eles lançam produtos o tempo todo. O afiador de faca, o policabide que suporta 20 peças, e um produto considerado o pulo do gato da empresa: as caixas de correio.
Elas parecem de metal, mas são imitação e o material é de plástico. A diferença pode sentida no bolso. Esta aqui, de plástico, custa um quarto do preço da de metal. Com esse valor imagine então o mercado que se abriu pra empresa.”
As caixas têm uma vantagem extra. Elas não compensam para os distantes concorrentes asiáticos. “Vendo a dimensão da caixa, você pode ter uma ideia, imagina quanto de espaço isso ocuparia num navio para o transporte entre continentes, não valeira a pena, essa é a realidade, então o mercado asiático está fora dessa concorrência”, avalia o empresário.
Outro exemplo é o da empresa familiar de José Alves, com a mulher dele, Katia, e os filhos Fabio e Fernanda. Eles fazem produtos de plástico para o lar, como cortadores de legumes, saboneteiras e cestos de lixo. Quando montaram o negócio, em 2003, os empresários já sabiam: é preciso baixar custos. O jeito foi montar uma ferramentaria onde fazem uma parte cara e essencial da produção: os moldes das peças de plástico.
Muita gente nem imagina o trabalho que dá para fazer uma peça de plástico. Olhando, ela parece simples, levinha. Só que para produzir você precisa de um enorme molde de aço que pesa 400 quilos - só guindaste para transportar.
Os empresários investiram R$ 100 mil nas máquinas para produzir os moldes. Eles compraram equipamentos usados e modernizaram com o tempo: a fresadora, a prensa e a máquina de eletroerosão, a mais importante da ferramentaria, é como se ela desenhasse no aço. São descargas elétricas que decompõe o material, só que é um trabalho muito lento, demora uma semana para fazer um desenho.
“É o jeito assim mais moderno [de trabalhar com o aço], de ultima geração. Essa é uma erosão de penetração, existe a erosão a fio. Essa é a ultima tecnologia em termos de precisão. Uma precisão centesimal, que você pode ver pelo ajuste que foi feito para esse futuro produto nosso. Não existe uma folga.”
Os moldes são colocados em máquinas injetoras. O plástico em grãos é sugado pelo equipamento, derretido e pressionado no molde. Em segundos, sai a peça pronta. Com a ferramentaria própria, a empresa faz alterações nos moldes com rapidez e custo baixo, e ganha competitividade no mercado.
O empresário duplicou a produção de uma máquina só mexendo no molde. “Antes nós tínhamos um molde com uma cavidade, com o tempo de 20 segundos de ingestão. Investimos numa nova ferramenta, obviamente existe o investimento, mas nos mesmos 20 segundos eu faço duas peças. Então eu aumentei a minha produtividade com um investimento na ferramenta, o que vai se diluindo com o passar do tempo, com o passar das vendas”, explica o empresário.

Com o produto, a empresa conquistou um novo mercado: o de depósitos de materiais de construção. No varejo, o preço médio do produto modelo “bolinha” é de R$ 15. O modelo “casa” custa R$ 20 e o “colonial”, R$ 35.
Uma loja vende 25 caixas de correio por mês. “Ela sai bastante, é excelente, porque a gente não tem problemas com ela, é de plástico. (...) Não tem preocupação com chuva, com sol, então ela é bem mais durável do que outras (...). É barato, preço bem acessível”, afirma Juliano de Macena, encarregado de vendas.
A cliente Maria do Carmo de Souza instalou a caixa de correio há um ano no portão de casa. E gostou. “É um preço bom, é uma caixa resistente, que faz um tempo que já está aqui, ela continua bonita, novinha, ela dá um charme no meu portão.”
Três anos depois de lançadas no mercado, as caixas de correio já representam 30% das vendas da fábrica. São mais de 5 mil unidades por mês.

“Não tememos a concorrência chinesa, nós vamos arrebentar este ano aqui. Vamos aumentar a nossa produção em pelo menos 50%. E eu acredito que esse mercado é um mercado muito bom que está trazendo muito retorno e a nossa chance de crescimento é enorme. Nós vamos conseguir, o mercado é ótimo e estamos aí para batalha, não temos medo da luta”, diz a empresária Katia.

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